Na semana passada, o IRB publicou um fraco balanço, mas os analistas amigos trataram de olhá-lo com carinho e ver a sinalização que está imbuída de números muito bons que serão apresentados no futuro. Resultado: isso impulsionou as ações da companhia que, em sete dias subiram 26% e continuam subindo, agora, acreditem, pelo anúncio da emissão de uma série de debentures simples.
O IRB aprovou a emissão de debêntures simples, em duas séries, no valor de até R$ 900 milhões. Serão emitidas até 900 mil debêntures, em uma operação com esforços restritos (CVM 476), ou seja, voltada apenas para um grupo de investidores qualificados. A emissão está marcada para 15 de outubro de 2020. As debêntures da primeira série terão prazo de três anos, enquanto as da segunda terão prazo de seis anos. O objetivo da operação, de acordo com a companhia, é contribuir com o reenquadramento do IRB aos critérios definidos pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e pelo Conselho Monetário Nacional (CVM).
JPMorgan pagará multa de US$ 920 milhões
Devido à acusação de “spoofing”, uma prática de manipulação dos preços dos ativos no mercado, através da introdução de uma grande quantidade de ordens de compra ou venda de vários blocos de títulos, sem intenção de as executar, o JPMorgan Chase pagará multa de US$ 920 milhões Esta é a maior penalização de sempre imposta pela Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês), depois de uma investigação mostrar como seis funcionários do banco manipularam os preços do ouro e da prata, durante mais de oito anos.
Pedágio da CCR não está muito alto
A CCR vai pagar em 30 de outubro de 2020 o valor de R$ 373,2 milhões em dividendos, correspondentes a R$ 0,18477410142 por ação ordinária. Terão direito os titulares de ações ordinárias na base acionária de 1º de outubro de 2020, sendo que as ações passarão a ser negociadas “ex dividendos” a partir de 2 de outubro de 2020. Os acionistas terão seus créditos disponíveis em 30 de outubro de 2020. A companhia está certa? Numa época de pandemia pode-e dar ao luxo de fartas distribuições? Ou as tarifas de pedágio estão elevadas e podem ser reduzidas?
Vida custa mais caro na Hapvida
A Hapvida anunciou a compra do Grupo Santa Filomena por R$ 45 milhões. O Grupo Santa Filomena é composto pela operadora de saúde Filosanitas, do Hospital Santa Filomena, três clínicas médicas e um centro de diagnóstico por imagem, todos localizados no município de Rio Claro, em São Paulo. Segundo a empresa, a Filosanitas conta com uma carteira de cerca de 5,5 mil beneficiários de planos de saúde concentrados na região de Rio Claro. O Hospital Santa Filomena conta atualmente com 73 leitos sendo 16 leitos de UTI. A região de saúde que engloba tem população de 2,1 milhões de habitantes e cerca de 840 mil beneficiários de planos de saúde privados. Segundo o Bradesco BBI, a compra do grupo Santa Filomena incorpora 5 mil vidas à Hapvida, com um preço médio de R$ 230 por mês. Além disso, o banco afirmou que os principais ganhos da transação virão de sinergias na verticalização de procedimentos e de uma presença mais forte em uma região com mais beneficiários. Embora o preço da aquisição por vida pareça alto, a R$ 8 mil por vida (ante média de R$ 6 mil por vida), a compra traz ativos considerados substanciais pelo Bradesco BBI, como o hospital e um centro de diagnósticos. O banco manteve o rating Neutro e o preço-alvo de R$73 para o papel.
Vale para IRB e não serve para Iguatemi
A Iguatemi aprovou sua décima emissão de debêntures simples, em duas séries que totalizam R$ 500 milhões. Suas ações caíra mais de 2,5% e depois recuperaram, e as perdas foram 1,84%.