Israel bombardeia seu próprio território perto de Gaza devido a falha técnica

Ministro adverte que só permitirá entrada de ajuda por meio de mecanismos civis para contornar o controle do Hamas

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Fumaça após ataque aéreo de Israel em Gaza, Palestina
Fumaça após ataque aéreo israelense em Gaza (Foto: Rizek Abdeljawad/Ag. Xinhua)

As Forças de Defesa de Israel (IDF) informaram nesta terça-feira que, devido a uma “falha técnica”, um de seus aviões de combate que deveria atacar a Faixa de Gaza lançou suas munições sobre o território israelense sem ter que informar sobre mortos ou feridos.

“Há pouco tempo, a munição lançada de um caça durante um ataque à Faixa de Gaza aterrissou em uma área aberta na área de Nir Yitzhak como resultado de uma falha técnica”, disseram as autoridades militares em um breve post na mídia social.

O Exército garantiu que as autoridades competentes já iniciaram uma investigação sobre o incidente. O Kibbutz Nir Yitzhak está localizado a menos de quatro quilômetros da Faixa de Gaza, embora a IDF tenha dito que a munição caiu em uma área despovoada.

Esse incidente ocorre em um cenário de novos ataques israelenses à Faixa de Gaza no último mês, durante o qual as autoridades palestinas confirmaram a morte de mais de 1.600 pessoas.

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O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, deixou claro que seu governo não está considerando a possibilidade de suspender o atual bloqueio à ajuda humanitária na Faixa de Gaza, com o argumento de que isso reduziria a capacidade do Hamas de controlá-la, e defendeu, em vez disso, o estabelecimento de um novo mecanismo “civil” para facilitar a entrega de suprimentos e produtos básicos no futuro.

“A interrupção da ajuda humanitária reduz o controle do Hamas sobre a população”, disse Katz em um comunicado, dando a entender que não haveria mudanças na atual operação militar na Faixa, por exemplo, em termos de evacuações forçadas ou do envio de tropas para as chamadas “zonas de amortecimento”.

Ele vê isso como uma forma de “pressionar” o Hamas a aceitar as medidas propostas por Israel e seu principal aliado, os EUA, com o objetivo de garantir a libertação de todos os reféns restantes, por exemplo. Caso contrário, de acordo com Katz, as autoridades israelenses estão preparadas para “passar para as próximas etapas”.

Mais tarde, o ministro ressaltou que sua declaração não implicava, de forma alguma, em uma retomada iminente das entregas de ajuda, embora governos estrangeiros e organizações humanitárias tenham defendido a suspensão do bloqueio. “A política de Israel é clara e nenhuma ajuda humanitária entrará em Gaza”, enfatizou Katz, de acordo com o “Times of Israel”.

Nesse sentido, ele argumentou que a ajuda é “uma das principais ferramentas” de pressão e defendeu a organização de um mecanismo antes de qualquer mudança, com base em empresas civis, para facilitar a entrada de produtos básicos, contornando qualquer possível controle do Hamas.

Com informações da Europa Press

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