Israel invade escolas da ONU em Jerusalém Oriental após anunciar fechamento

Agência da ONU denuncia a prisão de um de seus funcionários e confirma o fechamento forçado de várias de suas escolas

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Guerra em Gaza (Foto: Yasser Qudih/Ag. Xinhua)
Guerra em Gaza (Foto: Yasser Qudih/Ag. Xinhua)

O Exército israelense lançou nesta quinta-feira uma série de operações militares contra três escolas da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA) em Jerusalém Oriental, incluindo as localizadas no campo de Suafat.

Eles pediram aos alunos e professores que deixassem os prédios imediatamente para forçar seu fechamento, já que a ordem de fechar seis escolas, anunciada há um mês e que permanecerá em vigor indefinidamente, entrou em vigor. Essa medida, que foi criticada pela própria UNRWA, coloca mais 800 crianças em risco de perder sua educação.

“Condenamos o ataque armado das forças israelenses a três de nossas escolas em Jerusalém Oriental”, disse a agência, que denunciou a prisão de um de seus trabalhadores e confirmou as ordens de “expulsar todos os estudantes”.

“Essas ações são ilegais e deliberadamente privam as crianças palestinas da educação”, alertou, de acordo com uma declaração publicada nas mídias sociais.

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As autoridades palestinas disseram que os militares invadiram as escolas e os arredores e lamentaram o que disseram ser uma “escalada sistemática de Israel contra a educação e as instituições palestinas na cidade”.

O Ministério da Educação palestino condenou a ação na “Jerusalém ocupada” e advertiu que se trata de um “crime” e um “crime” contra a educação. “Essas ações são inconsistentes com a lei internacional”, disse, pedindo à comunidade internacional, mas especialmente à UNESCO e à UNICEF, que “assumam suas responsabilidades”.

“Eu os convido a defender os direitos das crianças refugiadas a uma educação gratuita e segura. Esses ataques às escolas não continuarão a menos que a ocupação seja de alguma forma interrompida e essa guerra contra a educação em Jerusalém seja interrompida”, disse ele, de acordo com a agência de notícias palestina WAFA.

Em abril passado, o diretor da UNRWA para assuntos da Cisjordânia, Roland Friedrich, alertou que o fechamento das escolas era uma “violação das obrigações de Israel sob a lei internacional”. “As escolas da UNRWA no campo de Shuafat fazem parte do tecido social do campo há décadas e facilitam que as crianças recebam uma educação de qualidade perto de casa”, explicou.

No entanto, no mês passado, o governo israelense proibiu o acesso aos prédios a partir de quinta-feira, incluindo diretores, professores, faxineiros e pais. A medida vem na esteira da aprovação pelo parlamento israelense de uma lei que proíbe as atividades da agência da ONU. A UNRWA considera essas medidas “ilegais” e reafirma que as escolas “estão protegidas pela imunidade concedida a elas” pelo apoio da ONU.

Europa Press

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