O Itaú Unibanco (ITUB4) confirmou nesta sexta-feira sua previsão de desaceleração no crescimento do crédito para 2025 considerando a política monetária atual. O presidente-executivo do banco, Milton Maluhy Filho, disse que a expectativa é que a expansão da carteira de crédito fique entre 4,5% e 8,5% ao longo do ano, refletindo os efeitos de uma política monetária mais restritiva no país.
O maior banco privado da América Latina reportou na noite desta quinta-feira (8), após fechamento do mercado, que teve um bom desempenho no primeiro trimestre do ano. O banco registrou lucro de R$ 11,1 bilhões e a carteira de crédito atingiu R$1,4 trilhão. Foi uma alta no resultado recorrente gerencial de 13,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
“Estamos em um momento de política monetária mais restritiva, o que leva a uma queda na demanda”, justificou Maluhy durante entrevista coletiva para comentar os resultados financeiros do primeiro trimestre. No período, a carteira de crédito total do banco cresceu 13,2% em relação aos 12 meses anteriores, indicando um desempenho acima das expectativas.
O executivo destacou que o Itaú mantém uma perspectiva positiva quanto à rentabilidade, projetando um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) acima de 20% para o ano. O otimismo dele é pautado nos bons resultados nesse primeiro trimestre.
Para o Itaú, o desempenho da agência no início de 2025 reflete a resiliência da instituição diante de um ambiente econômico mais restritivo, marcado por taxas de juros elevadas e menor apetite por crédito. O banco está seguindo a estratégia de manter a qualidade da carteira e a eficiência operacional, visando sustentar a rentabilidade mesmo em um cenário de crescimento mais moderado.
Destaques do trimestre
Crescimento da margem financeira com clientes em 13,9% na comparação anual, impulsionado pelo efeito positivo do crescimento da carteira de crédito, da maior margem com passivos, além da melhor remuneração do capital do banco.
De cordo com os resultados apresentados, os indicadores de qualidade de crédito seguem evoluindo positivamente. No primeiro trimestre, o índice de inadimplência acima de 90 dias reduziu 0,4 p.p. na comparação anual, com destaque para a inadimplência da carteira de pessoas físicas, que fechou o trimestre em 3,6%, o menor patamar da história, com redução de 0,6 p.p. no ano.
O crescimento da carteira de crédito total1 foi de 13,2% ante o primeiro trimestre de 2024. A carteira de pessoas físicas aumentou 8,6% em 12 meses, com destaque nos crescimentos de 16,7% em crédito imobiliário, 9,0% em veículos e 7,8% em crédito pessoal.
