Janeiro teve a segunda maior alta no comércio dos últimos 12 meses

Segundo a Serasa, tecidos, vestuário, calçados e acessórios puxaram resultado; já para a Fecomércio-SP, conjuntura deve impulsionar Dia do Consumidor

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Varejo na Rua 25 de março (Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas)
Varejo na Rua 25 de março (Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas)

Segundo o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, as vendas no varejo físico brasileiro cresceram 0,9% em janeiro, o segundo maior número dos últimos 12 meses.

“O resultado de janeiro indica que as medidas econômicas de diminuição da taxa básica de juros, da inflação e do desemprego têm ajudado os consumidores a estarem menos receosos para gastar, consequentemente injetando mais recursos no varejo físico brasileiro. A expectativa é que essa melhora para o comércio seja gradativa”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Com exceção do setor de combustíveis e lubrificantes (-1,8%), todos os outros reagiram positivamente, com destaque para tecidos, vestuário, calçados e acessórios, que tiveram o maior percentual (1,7%).

Na variação anual do Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, o crescimento foi de 3,5%, cujo ranking de setores foi liderado por combustíveis e lubrificantes (6,2%), tecidos, vestuário, calçado e acessórios (5,9%), móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática (4,8%), supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (3,7%), material de construção (2,5%) e veículos, motos e peças (0,7%).

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Além disso, dados da consultoria Neotrust estimam que esta edição do Dia do Consumidor (no próximo dia 15), considerado a “Black Friday do primeiro semestre”, deverá superar os resultados de 2023 em termos de faturamento. No ano passado, as receitas do setor foram de R$ 618,7 milhões na data – uma queda de 20,8% em relação a 2022. Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), o cenário agora é mais favorável para uma alta. “Isso acontece porque há uma conjuntura econômica mais favorável, com indicadores de desemprego em queda e, na contramão, mais gente empregada, o que eleva o contingente de pessoas com capacidade de consumir. Soma-se a isso a redução da inflação e o ciclo de quedas da taxa básica de juros do país, a Selic”, diz a entidade.

No ano passado, por exemplo, no intervalo entre 1º e 15 de março, o faturamento médio diário do varejo foi de R$ 448,7 milhões, um montante 7,8% superior à média diária de janeiro, segundo a Neotrust.

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