Os jogadores da Seleção brasileira se manifestaram contra a organização da Copa América no Brasil. Na madrugada desta quarta-feira, o elenco se pronunciou pelas redes sociais, em uma nota conjunta, criticando a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) pela maneira como a entidade se portou após a impossibilidade de sediar o evento na Argentina e na Colômbia, como previsto inicialmente.
Apesar das críticas, os atletas afirmaram que disputarão a competição, que inicia no domingo. O Brasil estreia às 18h, contra a Venezuela, no Mané Garrincha, em Brasília. Atual campeã, a Seleção dirigida por Tite está no Grupo B, ao lado também de Colômbia, Equador e Peru. A convocação para o torneio será anunciada ainda nesta quarta.
No manifesto, os jogadores declararam que não quiseram tornar a discussão sobre a Copa América política e que estão insatisfeitos “por diversas razões, sejam elas humanitárias ou de cunho profissional” com a condução da competição, “fosse ela sediada tardiamente no Chile ou mesmo no Brasil”. Eles concluem a nota dizendo que possuem “uma missão a cumprir com a histórica camisa verde amarela pentacampeã do mundo” e “nunca diremos não à Seleção brasileira”.
A expectativa pelo posicionamento dos jogadores era grande desde o anúncio como sede da Copa América. As tradicionais entrevistas coletivas dos atletas nos dias que antecedem as partidas foram canceladas e somente Tite atendeu à imprensa. Sempre que questionado, o técnico se esquivou de responder sobre o assunto.
Em meio ao retorno do Campeonato Brasileiro e o anúncio da Copa América no Brasil, com o Estado do Rio de Janeiro sendo uma das sedes, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) vai analisar Projeto de Lei que permite às pessoas vacinadas contra a Covid-19 acompanhar partidas de futebol nos estádios. A proposta é do deputado Charlles Batista (PSL), que justifica o avanço da vacinação e a continuidade de cuidados sanitários nos locais esportivos, citando distanciamento social, uso de máscaras e álcool em gel.
“Com o aumento do número de pessoas imunizadas no Estado do Rio de Janeiro, em conformidade com o Plano Nacional de Imunização, é mais do que justo devolver um dos maiores prazeres da população fluminense que é a ida aos estádios de futebol. Com a responsabilidade de todos os envolvidos, respeitando as orientações e obrigações sanitárias, voltaremos a ver o espetáculo das torcidas nos jogos”, defende o parlamentar.
O PL 4.184/2021 estabelece medidas que deverão ser cumpridas pelo público, estádios e clubes de futebol, estes últimos sujeitos a advertência, multa de 5 mil UFIR-RJ em caso de reincidência no descumprimento das exigências e proibição de realização de novas partidas de futebol no local, por 15 dias corridos, na segunda reincidência.
De acordo com a proposta, deverá ser apresentado protocolo adequado para cada estádio onde ocorrer partida de futebol, validado pelas entidades desportivas e sanitárias locais, envolvendo ainda os setores de segurança pública, e outros necessários para sua implementação e fiscalização quanto às regras.
O Projeto de Lei propõe lotação máxima de 30% da capacidade do estádio; frequentadores deverão apresentar comprovante de vacinação das duas doses da vacina; uso obrigatório de máscaras, e distanciamento mínimo de dois metros entre as pessoas, tanto em cadeiras quanto nas arquibancadas, com exceção dos grupos familiares devidamente identificados. Fica obrigatória a distribuição de álcool em gel 70% ou antisséptico similar a todos os torcedores, além de aferição de temperatura e triagem de sintomáticos respiratórios, no momento do acesso ao estádio, impedindo a entrada ou permanência de torcedores com sinais e sintomas sugestivos de contaminação por Covid-19.
Com informações da Agência Brasil
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