Junho registra mais de 653 mil pedidos de seguro-desemprego

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Os pedidos de seguro-desemprego chegaram a 653.160 em junho, informou nesta quinta-feira o Ministério da Economia. O resultado representa uma queda de 32% na comparação com maio, em que foram contabilizados 960.309 requerimentos, havendo, portanto, uma diferença de 307.149. Na comparação com junho de 2019, com 508.886 pedidos, houve aumento de 28,4%. Do total de pedidos de junho, 443.492 (67,9%) foram realizados.

Os três estados com maior número de requerimentos foram São Paulo, com 199.066 pedidos; Minas Gerais, com 70.333, e Rio de Janeiro com 52.163 requerimentos. Quanto ao perfil dos solicitantes, 39,6% são mulheres e 60,4% homens. A faixa etária que concentrava a maior proporção de requerentes é de 30 anos a 39 anos de idade, com 32,1% dos pedidos. Em termos de escolaridade, 59,9% têm Ensino Médio completo.

Em relação aos setores econômicos, os pedidos estiveram distribuídos entre serviços (41,7%), comércio (25,4%), indústria (18,7%), construção (10,1%) e agropecuária (4,1%).

No acumulado de janeiro a junho, foram contabilizados 3.950.606 pedidos de seguro-desemprego. O número representa aumento de 14,8% em comparação com o acumulado no mesmo período de 2019, de 3.442.780 pedidos. Do total de requerimentos em 2020, 53,1%, o equivalente a 2.096.532. No mesmo período de 2019, apenas 1,4% dos pedidos (49.752) foram realizados via internet.

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Na última terça-feira, a Fundação Getulio Vargas divulgou seu Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp): o índidce subiu 14,0 pontos em junho, para 56,7 pontos, recuperando no bimestre maio-junho 33% das perdas do bimestre março-abril. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp recuou 8,6 pontos, para 46,4 pontos, mínimo da série histórica iniciada em 2008.

"Apesar da segunda alta consecutiva do IAEmp, o resultado ainda é o terceiro menor da série histórica e precisa ser interpretado com cautela. A melhora do indicador sugere uma diminuição do pessimismo sobre o mercado de trabalho nos próximos meses, e que o pior momento parece ter ficado para trás. Contudo, a alta incerteza sobre o controle da pandemia e sobre o formato dessa recuperação econômica ainda são fatores que causam preocupação e podem limitar a continuidade do movimento de recuperação dos empregos.", afirma Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV.

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 2,2 pontos em junho, para 97,4 pontos, após avançar 7,7 pontos de março a maio. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Em médias móveis trimestrais, houve aumento de 1,7 para 98,5 pontos.

Todos os sete componentes do IAEmp subiram em junho, após chegarem ao fundo do poço em abril e acomodarem em maio. Os indicadores subiram acima dos 17 pontos, com Emprego Previsto e Situação Atual dos Negócios na Indústria variando 24,2 e 20,7 pontos, na margem, respectivamente.

No mesmo período, a queda do ICD foi influenciada por todas as quatro classes de renda familiar. A maior contribuição para o resultado foi dada pela classe familiar com renda entre R$ 2.100 e R$ 4.800 e pela classe até R$ 2.100, cujo Emprego Local Atual (invertido) variou positivamente em 3,5 e 2,8 pontos na margem.

 

Com informações da Agência Brasil

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