A navegação de cabotagem no Brasil é dominada por empresas brasileiras de navegação (EBN) controladas por grandes grupos de transporte marítimo internacional. Essas multinacionais ficam com 95% do mercado. “E isso não é culpa das empresas estrangeiras, mas nossa, porque não criamos as condições necessárias para o desenvolvimento de empresas genuinamente brasileiras”, analisa o jornalista e advogado Nilson de Mello, que semana passada fez palestra sobre o BR do Mar, projeto que o Governo Bolsonaro tenta empurrar no Congresso, sem discussão – em plena pandemia, o governo enviou o projeto com pedido de urgência, o que tranca a tramitação de outras pautas.
Pelo John Act, de 1920, ainda em vigor, o transporte de cabotagem nos Estados Unidos deve ser feito por embarcações construídas nos EUA, de propriedade de armadores norte-americanos e com tripulantes norte-americanos. A reserva de mercado se deve a questões estratégicas atinentes à soberania, à segurança e à economia. A vinculação da indústria naval é feita como forma de estímulo à produção e à geração de empregos. A indústria naval dos EUA emprega 650 mil pessoas diretamente, contribui para o desenvolvimento industrial e tecnológico e aporta US$ 154 bilhões ao PIB. Nos Estados Unidos, a cabotagem corresponde a cerca de 20% do transporte de cargas; na China, cerca de 13%; no Brasil, em torno de 11%. “Nenhum país, entre as economias minimante relevantes (e o Brasil é 8°/9° PIB do mundo), tem uma modelo de cabotagem tão aberto quanto o que é proposto pelo BR do Mar do governo”, destaca Mello.
O especialista enumera os verdadeiros estímulos que beneficiariam a cabotagem brasileira:
– Redução da burocracia, com padronização da atuação dos órgãos intervenientes nos portos
– Redução de custos portuários
– Livre tráfego de embarcações brasileiras em portos nacionais
– Fim da obrigatoriedade de praticagem na cabotagem, dentro de determinados critérios
– ICMS (poderia ser redução ou subsídio como o diesel)
– Custos da tripulação
– Isenção de Imposto de Renda para as EBN quando investirem na construção de navios no Brasil
Suporte positivo
A MRD Consulting, empresa especializada em gestão executiva com expertise na assessoria a grandes e médias empresas, anuncia a chegada de Flavio Padovan, executivo com mais de 38 anos de experiência no mundo corporativo – foi CEO da Jaguar Land Rover e vice da Volks do Brasil.
“A recuperação da economia pós pandemia acrescentará ingredientes aos já conhecidos desafios que as empresas precisam enfrentar no Brasil. Queremos estar preparados para oferecer o suporte necessário em todas as áreas para que nossos clientes encontrem as melhores alternativas e saiam fortalecidos deste período”, afirma Marcos Rodrigues, sócio-fundador da MRD Consulting.
“O modelo de atuação praticado MRD Consulting oferece a oportunidade não só de alcançar conquistas de ordem mercadológica para a própria companhia, mas também de produzir impacto social positivo num dos momentos mais desafiantes da história do país”, afirma Padovan.
Lição
Será que alguém planeja incluir, entre o público prioritário para vacina, os professores? Ou as escolas permanecerão fechadas no ano que vem? Educação é prioridade apenas no discurso, mas na hora de reabertura, shoppings vêm na frente.
Rápidas
Renata Lima e Luciana Levacov, respectivamente, CEO e coordenadora do Projeto Revitaliza Rio, fazem palestra nesta quarta, 10h30, na Associação Comercial do Rio (ACRJ). Inscrições: zoom.us/meeting/register/tJ0sc-msrTIqGdxcP2sys_C1GL8SRpBWtnlt *** O que faz os jovens escolherem determinadas empresas e o que os mantêm nelas? Respostas no webinário “Acelerando o Desenvolvimento de Jovens Talentos”, que será realizado pela consultoria LHH nesta terça, 17h, via Zoom: bit.ly/33QqtHX *** O presidente da Unimed Volta Redonda, Luiz Paulo Tostes Coimbra, venceu como CEO Mais Incrível entre as grandes empresas no Prêmio Lugares Incríveis para Trabalhar *** A FGV prossegue com a série de webinários sobre Ensino Médio dias 9 e 16. Em debate as mudanças da nova BNCC nas áreas de Ciências da Natureza, Matemática, Linguagens e Ciências Humanas.