KPMG: Cinturão e Rota ultrapassa US$ 1 trilhão investidos

Investimento e comércio da China com países da Iniciativa Cinturão e Rota crescem mais que com demais nações

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A cerimônia de abertura da rota da Sinotrans na Índia Oriental foi realizada no Porto de Qingdao, em Shandong, em 30 de agosto de 2023. O primeiro navio
A cerimônia de abertura da rota da Sinotrans na Índia Oriental foi realizada no Porto de Qingdao, em Shandong, em 30 de agosto de 2023. O primeiro navio "Sinotrans Haikou" na rota partiu do porto de Qingdao, em Shandong, e navegou para o porto de Chennai, na Índia. Desde o início deste ano, o Porto de Qingdao criou 10 rotas do Cinturão e Rota, e o volume de contêineres dos países e regiões do Cinturão e Rota, como Oriente Médio, África, Índia e Paquistão, manteve um crescimento de dois dígitos (foto de Zhang Jingang, Diário do Povo Online)

A iniciativa Cinturão e Rota (BRI, sigla em inglês) completou 10 anos de existência ultrapassando a marca de US$ 1 trilhão de investimentos acumulados, em mais de 2 mil acordos, contratos de construção e investimentos não financeiros.

Essa iniciativa contribuiu para que, em 2023, o investimento não financeiro direto da China no exterior (ODI) chegasse em US$ 130,1 bilhões, um aumento de 11,4% comparado ao ano de 2022. O ODI não financeiro para países e regiões ao longo da Iniciativa situou-se em US$ 31,8 bilhões, com um crescimento anual de 22,6% comparado ao ano de 2022, o que demonstra um foco nos países que compõem o BRI, avalia Daniel Lau, sócio-líder do Desk China da KPMG no Brasil e na América do Sul.

O comércio externo da China atingiu RMB 41,76 bilhões (yuans, equivalente a US$ 5,82 bilhões) em 2023; o comércio com os parceiros comerciais dos países do Cinturão e Rota cresceu 2,8%, comparado ao ano de 2022, para RMB 19,47 bilhões, representando 46,6% do comércio externo total.

Como comparação, durante o mesmo período, o comércio bilateral entre a China e os países da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático) continuou aumentando e atingiu RMB 6,41 bilhões, o que também demonstra o contínuo crescimento no foco com os países que compõem essa iniciativa.

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“Em particular, em 2023, houve um substancial aumento nos investimentos nas áreas de tecnologia, novas energias e mineração. Para 2024, vemos um contínuo crescimento dos investimentos dessa iniciativa, com um foco nos setores de energias renováveis, mineração, novas tecnologias, infraestrutura para o comercio e automotivo” afirma Daniel Lau.

O valor dos novos investimentos assinados em 2023 entre a China e os países da região que abrange o Cinturão e Rota atingiu RMB 1,6 trilhão (US$ 227,16 bilhões) no ano passado, um aumento de 10,7% comparado ao ano de 2022.

Segundo a análise do especialista da KPMG, as seis principais áreas e direções para um desenvolvimento cada vez maior da Iniciativa Cinturão e Rota englobam coordenação de políticas, conectividade de infraestrutura, comércio aprimorado, integração financeira, laços entre pessoas e cooperação em novos campos.

A BRI foi apresentada pelo presidente da China, Xi Jinping, em 2013, durante visita ao Cazaquistão. Em outubro do ano passado, o 3º Fórum de Cooperação Internacional do Cinturão e Rota, em Beijing, marcou os 10 anos da Iniciativa.

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