KPMG: fusões e aquisições sobem 5% em 2024

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Pesquisa da KPMG com 43 setores da economia revelou que o Brasil registrou 1.582 fusões e aquisições de empresas em 2024, uma leve alta de 5% na comparação com 2023, quando foram realizadas 1.505 operações desse tipo. A pesquisa foi divulgada nesta sexta-feira. As operações domésticas entre organizações brasileiras (981) lideraram essas transações, seguidas as de empresas de capital majoritário estrangeiro (394) que adquiriram, de brasileiros, capital daquelas estabelecidas no Brasil.

“Os dados evidenciam uma retomada importante no mercado de fusões e aquisições. Após dois anos consecutivos de queda nessas transações, os números revelam que as empresas estão mais ativas nessas operações”, comenta Gustavo Vilela, sócio líder de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil.

Ele acrescenta que o número de 2024 superou 2023, e, apesar de ser inferior ao de 2022 e 2021, já é superior aos totais registrados em 2020 e demais anos anteriores da série histórica da pesquisa. “Apesar da retomada, ainda não é possível prever se ela se sustentará ao longo de 2025 dadas as questões econômicas atuais”, esclarece Vilela.

Fusões e aquisições envolvendo estrangeiros somaram 601 operações em 2024. Os países que mais participaram dessas transações foram os seguintes: Estados Unidos (259), Canadá (35), Reino Unido (33), Espanha (23), Argentina (21), México (20), Alemanha (18) e Colômbia (17). A participação dos Estados Unidos ficou bem à frente dos demais e atingiu 43% do total de operações com estrangeiros.

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“Os números mostram uma tendência de crescimento que se deve, em parte, à estabilidade econômica observada no primeiro semestre de 2024, a digitalização e a inovação tecnológica continuaram a ser grandes impulsionadoras dessas transações e investimentos em energia renovável atraíram consideráveis investimentos confirmando a relevância do setor”, exemplifica o CEO.

“Embora os números sejam positivos, poderiam ter sido ainda melhores se não fosse pelo aumento das taxas de juros, no segundo semestre e as incertezas fiscais e políticas”, afirma Paulo Guilherme Coimbra, sócio da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil. A pesquisa evidenciou que foram 363 operações realizadas no quarto trimestre de 2023 e 386 no mesmo período de 2024, uma alta de 6,3%.

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