O Kuwait foi o 10º maior importador de carne de frango brasileira em setembro, de acordo com os dados divulgados ontem pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). As importações do país somaram 13,1 mil toneladas em setembro, em alta de 66,2% sobre o mesmo período de 2023.
Ainda conforme os dados da ABPA, o principal comprador de carne de frango brasileira processada e in natura em setembro foi a China, com embarques de 55,1 mil toneladas, em retração de 3,4% na comparação com setembro do ano passado. As vendas para os Emirados Árabes Unidos, o segundo principal destino, chegaram a 41,4 mil toneladas, em expansão de 17,6%. Para a Arábia Saudita, que foi o quarto destino das exportações do setor em setembro, os embarques somaram 29,9 mil toneladas, com alta de 5,9% sobre setembro de 2023.
A lista dos principais importadores em setembro ainda apresenta o Japão (terceiro), África do Sul (quinto), México (sexto), União Europeia (sétimo), Gana (oitavo) e Filipinas (nono). No total, em setembro foram embarcadas 485 mil toneladas de carne de frango, volume 22,1% maior do que em setembro de 2023. Foi também o segundo melhor desempenho da série histórica, atrás apenas do registrado em março de 2023. Em setembro, a receita com as exportações chegou a Us$ 953,8 milhões, 32,6% superior a setembro do ano passado.
No ano, as exportações acumulam alta de 0,6% sobre 2023 até setembro, com um total de 3,917 milhões de toneladas. Em faturamento, há queda de 4%, para US$ 7,273 bilhões no acumulado do ano.
“A forte alta em setembro reverteu o desempenho registrado ao longo do ano, que agora é positivo e sinaliza seguir assim até dezembro. Com a elevação dos preços médios das exportações, também tivemos uma elevação nas receitas de setembro em patamares significativamente maiores que os registrados em volumes”, afirmou o presidente da ABPA, Ricardo Santin, no comunicado da instituição. Ainda na avaliação de Santin, há uma tendência de que o “movimento positivo” das exportações às nações islâmicas se mantenha nos próximos meses.
Já dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a pecuária nacional bateu um recorde histórico no segundo trimestre desse ano, com a produção de carne bovina alcançando a marca de 2,57 milhões de toneladas. Esse é o maior registro desde que a série histórica teve início e passou a ser monitorada, em 1997.
Para o gerente de Corte da Alta, Manoel Sá Filho, dois fatores explicam esse excelente resultado para a pecuária nacional. “O consumo interno sem dúvida responde por grande parte desse recorde, mas, não podemos deixar de citar as exportações, que também tiveram papel relevante. Foram mais de 612 mil toneladas no segundo trimestre, aumento de 30% na comparação anual, com destaques para os meses de abril e maio”, destaca.
Corroborando com os dados do IBGE, o relatório Visão Agro, divulgado pela consultoria Agro do Itaú BBA, indica que o bom momento da pecuária deve perdurar, já que a previsão é que a produção de carne bovina aumente 15% em 2024, superando os 10 milhões de toneladas equivalentes à carcaça. “As projeções indicam inclusive que o consumo per capita de carne bovina em 2024 no Brasil deve retornar ao patamar recorde de 32 kg/habitante, registrado em 2013”, comemora Manoel Sá.
O relatório pontua, ainda, que as exportações devem crescer 20%, atingindo o pico de 3,4 milhões de toneladas. “Todos esses números mostram que já estamos em momento de retomada do ciclo pecuário. O que a maioria pensou que iria acontecer somente em 2025 já está sendo visto agora, o que é muito positivo”, completa.
Com informações da Agência de Notícias Brasil-Árabe
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