Na América Latina, 21% dos compradores usam, em média, seis canais diferentes. Foi o que apurou o relatório “Omnichannel Latam 2024”, da Kantar, realizado com 131 milhões de famílias. Os meios escolhidos dentro desse contexto são feiras, supermercados, atacadistas, farmácias, minimercados e lojas tradicionais.
Em relação ao crescimento em valor entre 2022 e 2023, se destacam os canais que apresentam uma relação melhor de custo-benefício – hábito que é consequência da inflação. São eles: mercados de bairro e lojas de conveniência (28%), atacadistas (24%) e lojas de descontos (23%).
Ainda assim, as lojas tradicionais, juntamente com os supermercados, ainda desempenham um papel importante na rotina dos latino-americanos. Um comprador usa o canal tradicional, em média, 75 vezes por ano (uma vez a cada cinco dias). Os supermercados, por sua vez, são visitados cerca de 29 vezes por ano (duas vezes por mês).
O comércio eletrônico, que já alcança 30% de penetração na América Latina, também vem registrando crescimento significativo, com quase 2 milhões de novos compradores em toda a região e aumento de 20% no valor médio das transações. Na hora da compra, os latino-americanos preferem o varejo eletrônico não puro (site ou aplicativos de redes físicas) e o WhatsApp. Cada um contempla 12% de penetração.
Segundo o estudo, híper, supermercados e lojas de descontos são principalmente para compras de reposição, enquanto os atacadistas são mais concentrados em compras para estocar. Minimercados e pontos de venda do comércio tradicional são para necessidades diárias ou urgentes. No entanto, esses papéis dos canais estão em constante evolução, junto com as preferências dos consumidores.
O estudo também mostra qual categoria de produto se encaixa em qual canal. Alimentos são mais consumidos em hipermercados, saúde e beleza em farmácias, produtos de limpeza em lojas de descontos – o que representa oportunidades para a indústria.
Já o levantamento Consumer Insights Q1 2024, também da Kantar, apontou que no primeiro trimestre deste ano, a América Latina completou sete trimestres consecutivos de expansão no consumo.
“A economia, por exemplo, continua a se apresentar sólida e resiliente – após os reveses gerados pela pandemia de Covid-19 e pela inflação, que também começa a se estabilizar. Ainda vale destacar que o crescimento do PIB é positivo, e o baixo nível de desemprego (em perspectiva histórica) é fundamental”, diz o estudo.
A grande maioria dos canais se beneficia dessa tendência, sendo e-commerce (37%), lojas de conveniência (29,7%), lojas de descontos (25,3%) e atacadistas (21,8%) os líderes no aumento dos gastos dos compradores. Também vale apontar que, juntas, lojas de descontos e atacadistas ganharam 3% de participação no quesito desde 2022. Cada participação de 1% representa US$ 2 bilhões em vendas de bens de consumo massivo.
No primeiro trimestre de 2024, os latino-americanos compraram, em média, 56 categorias. Aqui, os hipermercados enquadram-se como o canal com compras de mais categorias – 31, no total.
Ainda em relação às categorias, três vêm se beneficiando do omnicanal: tratamentos capilares (4,9 p.p. em penetração e crescimento em 17 canais), chocolates (3,9 p.p. em penetração e alta em 15 canais) e isotônicos e bebidas esportivas (5,6 p.p. em penetração e ascensão em 12 canais).
Também de acordo com o estudo, em híper e supermercados, 40% dos carrinhos são pagos com cartões de débito ou crédito. Os métodos permitem um tíquete 50% maior em comparação com compras em dinheiro.
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