Leilão de energia tem deságio baixo devido a ‘jabuti’

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Torre elétrica de Itaipu (Foto: Alexandre Marchetti)
Torre elétrica de Itaipu (Foto: Alexandre Marchetti)

Em leilão promovido nesta sexta-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Ministério de Minas e Energia, foram negociados R$ 6,57 bilhões em contratos de energia. Serão 22 empreendimentos de nove estados, que deverão investir R$ 2,95 bilhões. Foram contratados 176,8 megawatts (MW) de energia ao preço médio de R$ 237,48 por megawatt-hora (MWh), que devem começar a ser fornecidos em 2027. O leilão foi operacionalizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, em São Paulo.

A hidrelétrica foi a fonte com maior número de empreendimentos contratados, 12, dos quais nove são pequenas centrais. As usinas estão situadas nos estados de Santa Catarina, de Goiás, do Paraná e de Mato Grosso.

Segundo avaliação da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a quantidade de energia contratada da fonte solar foi mais do que o dobro da eólica e quase o triplo da biomassa. De acordo com a entidade, a tecnologia fotovoltaica poderia, inclusive, liderar o leilão, se não fosse o “jabuti” da lei da capitalização da Eletrobras, que obrigou a contratação de PCHs a preços médios de venda 57% mais caros.

As usinas fotovoltaicas tiveram menor preço médio de venda, de R$ 171,41 por megawatt hora (MWh) e deságio de 38,78% frente ao teto de R$ 280 MWh.

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Foram contratados também quatro empreendimentos de energia solar em Minas Gerais e na Paraíba. Bahia e Rio Grande do Norte terão três projetos de energia eólica. A biomassa de cana-de-açúcar será responsável pela geração de eletricidade em duas usinas em Goiás. E São Paulo vai ter um empreendimento que fornecerá energia a partir de lixo urbano.

Os preços ofertados ficaram, em média, 26,38% abaixo do teto do leilão. O maior deságio foi das usinas de biomassa, que ofereceram preços 40% menores do que o teto. As usinas solares foram contratadas por valores 38,78% abaixo do preço máximo. A energia eólica foi negociada por valores 26,9% menores do que o inicial. As hidrelétricas ofereceram preço 20,46% abaixo do teto. A usina a partir de resíduos sólidos urbanos fechou contrato com preço praticamente igual ao máximo, com deságio de apenas 0,01%.

Do total contratado, 87,3 megawatts são de hidrelétricas; 51,8 MW de fontes solares; 23,5 MW de usinas eólicas; 13 MW de biomassa e 1,2 MW de geração a partir de resíduos sólidos.

Com Agência Brasil

Matéria atualizada às 19h44 para inclusão da posição da Absolar.

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