Lojas de shopping fechadas já deixaram 120 mil desempregados

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Dados da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) apontam que o fechamento de boa parte das lojas por cerca de dois meses já resultou em cerca de 120 mil desempregados. A associação, que representa 105 mil lojas em todo o país, estima que 15 mil lojas não devem mais reabrir devido à crise econômica gerada pela pandemia de coronavírus.

Nesta semana, a Alshop e outras sete entidades ligadas ao varejo por meio da União Nacional das Entidades do Comércio e Serviço (Unecs) participaram de teleconferência que teve a participação do presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, do deputado Efraim Filho (DEM-PB) que preside a Frente Parlamentar em Defesa do Comércio, Serviço e Empreendedorismo, além de deputados e senadores que analisaram medidas urgentes de retomada da economia.

Foram discutidos temas como a demora na liberação do crédito previsto com juros reduzidos, a burocracia na obtenção dessas linhas junto aos bancos e outras medidas anunciadas pelo Governo Federal.

"Os governadores precisam encontrar um equilíbrio entre economia e saúde. Apoiam medidas restritivas enquanto veem a arrecadação desabar e já não terão sequer receita para manter o sistema de saúde em funcionamento e os salários dos servidores. Nos estados e municípios não adiaram o pagamento de impostos o que não tem prejudicado só os empresários, mas sim os empregados que dependem das empresas funcionando", disse aponta Nabil Sahyoun, presidente da Alshop.

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Em nota, a entidade "defende uma reabertura gradual do comércio e exige a apresentação de um plano específico em estados como São Paulo. A associação aprova medidas restritivas já adotadas pelo comércio em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais. Apresentamos protocolos de distanciamento e higienização dos ambientes comerciais que inclusive já foram adotados. Entendemos que o consumidor será cauteloso e já sofreu queda de renda o que não levará a situação a um patamar normal. Ainda assim a reabertura é uma forma de equilibrar a arrecadação, salvar empregos e vidas equilibrando saúde e economia".

Pesquisa encomendada pela Confederação Nacional de Serviços (CNS) mapeia desde 2009 a evolução dos segmentos de academias, salões de beleza e barbearias (recém-inseridas por decreto do Governo Federal na lista de "serviços essenciais", que podem ser reabertos durante a pandemia do novo coronavírus), revelando dados sobre quantidade de estabelecimentos, receita bruta e geração de renda e empregos.

Apesar do decreto federal, a maioria dos governadores e prefeitos, entretanto, já deixou claro que não concordam com o retorno desses estabelecimentos, em sua maioria micro e pequenos negócios, deixando-os em uma espécie de "limbo econômico".

O levantamento mostra que o mercado de serviços de academia de condicionamento físico, em 2019 ele fechou com cerca de 18,5 mil empresas em operação, as quais faturaram aproximadamente R$ 8 bilhões, geraram 105 mil empregos diretos e massa salarial de 2,5 bilhões. Também no ano passado, as cerca de 30 mil empresas de serviços de cabeleireiros e institutos de beleza brasileiras faturaram R$ 4,7 bilhões, sendo responsáveis por 89,5 mil postos de trabalho diretos e massa salarial de R$ 2,1 milhões.

A pesquisa, encomendada pela CNS, que mapeou estes dois segmentos levando em consideração dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e do extinto Ministério do Trabalho e mostra também a evolução destes dois segmentos registrada desde 2009, por meio da divulgação do número de empresas e de empregados com carteira assinada – e sua distribuição pelo país (apenas em 2019) – e de receitas brutas.

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