Lojas físicas do Rio aderem à Black Friday

Levar compra na hora e ainda negociar desconto maior é uma das vantagens das lojas físicas; data deve movimentar R$ 7,6 bi em faturamento neste ano

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Black Friday (Foto: ABr/arquivo)
Black Friday (Foto: ABr/arquivo)

Pesquisa do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (Sindilojas-Rio), que ouviu 250 lojistas, mostra que 95% dos lojistas do comércio carioca participarão da Black Friday, a exemplo do ano passado o número de lojas que irão fazer promoções se mantém alto, acima de 90%.

A pesquisa mostra também que um dos bons argumentos dos lojistas entrevistados é que o consumidor ao adquirir o produto numa loja física pode negociar um desconto maior e levar a compra na hora.

Em relação a 2023 outra boa notícia é a de que mais de 88% dos comerciantes entrevistados acreditam que o período de promoções possa alavancar vendas em até 10%, com oferecimento de descontos que poderão oscilar entre 20% a 50%, dependendo do nível de estoques, da programação e preparação para a Black Friday e Natal. No ano passado, a previsão dos comerciantes de que com a Black Friday as vendas poderiam crescer até 12% não se confirmou e o índice ficou na casa dos 10%, dependendo do segmento.

Considerando que a data deixou de ser exclusiva das vendas virtuais, a Black Friday passou também a constituir-se em ações estratégicas das lojas físicas, tanto de rua como as de shoppings. Os comerciantes acreditam que os consumidores poderão ficar atraídos por um vasto leque de produtos, como eletrodomésticos, eletrônicos/informática, smartfones, vestuário, calçados (especialmente tênis), jogos, brinquedos, artigos para casa e decoração e outros produtos.

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Os pesquisados estimam também o preço médio de compra ficará na faixa entre R$ 150 e R$ 350. Para a ocasião os clientes deverão utilizar o cartão de crédito (55%) como principal meio de pagamento, sendo boa parte do consumo feito de forma parcelada (66%), seguida do cartão de débito (45%). As demais alternativas de compra poderão ser Pix, dinheiro e a prazo pelo crediário.

Para Aldo Gonçalves, presidente do CDL-Rio e do Sindilojas-Rio, “o resultado das vendas de alguns produtos ou segmentos do varejo durante a Black Friday pode interferir no faturamento do Natal, por conta da antecipação do consumo de dezembro e porque os preços podem ser bastante convidativos para isso.”

“Num momento em que indicadores mostram- se aquecidos, como volume de vendas, mercado de trabalho e renda, as promoções da Black Friday podem também servir como amostra, uma prévia para o consumo de dezembro, dependendo do segmento, mas quando se espera que boa parcela do 13º converta-se em compras de Natal. Com a liberdade de mercado e a concorrência, o lojista tem competência para estabelecer estratégias conforme o perfil da demanda, a fim de determinar o peso da contribuição da Black Friday sobre o faturamento anual do seu estabelecimento. Isso vai ser importante para fechar o ano bem e se preparar para o começo de 2025, quando o mercado fica mais morno após a passagem do Réveillon e das férias”, conclui Aldo.

Estudo conduzido pelas empresas do Grupo Stefanini aponta que, em termos nacionais, após dois anos de movimentação morna, a Black Friday deste ano promete transformações significativas, com previsão de um aumento de 10% no faturamento total – movimentando até R$ 7,6 bilhões – e um crescimento de 14% no número de pedidos.

Embora o volume de vendas esteja aumentando, os dados mostram que o tíquete médio deve cair 4%. Isso sugere que, apesar de as pessoas continuarem comprando, elas gastarão menos por transação em comparação com os anos anteriores.

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