Lojistas do Rio esperam aumento de 2,5% nas vendas no Dia das Crianças

No Paraná, mesmo com leve redução nas intenções de compra, brinquedos seguem como o presente favorito, e consumidor está mais exigente quanto à qualidade

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Loja de brinquedos (Foto: Fernando Frazão/ABr)
Loja de brinquedos (Foto: Fernando Frazão/ABr)

O comércio carioca espera aumento das vendas de 2,5% para o Dia das Crianças, a segunda data comemorativa mais importante do segundo semestre do ano para o setor. É o que mostra a Expectativa de Vendas do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (Sindilojas-Rio), junto a 250 lojistas dos ramos de brinquedos, roupas, calçados, eletrônicos e artigos esportivos, principais itens demandados durante a data. Dos entrevistados, 25% estão no Centro; 23% na Zona Oeste; 25% na Zona Sul; e 27% na Zona Norte.

Cerca de 70% dos lojistas espera crescimento nas vendas de 2,5%, enquanto o restante acredita ficar abaixo. Brinquedos (40%), roupas (23%), calçados incluindo tênis (10%), mochilas e acessórios (8%), jogos eletrônicos (7%), artigos esportivos (6%), celulares e tablets (4%) e livros (2%) serão os presentes mais procurados.

A maioria dos lojistas estima que o tíquete médio oscilará de R$ 130 a R$ 150; e que de 60% a 70% dos clientes utilizarão como meio de pagamento o cartão de crédito parcelado, seguido de cartão de débito, cartão de loja, Pix e dinheiro.

A Expectativa de Vendas procurou compreender a demanda, também, em alguns aspectos. O levantamento apontou que os pais (74,5%), os avós (18,2%) e os tios e padrinhos (7,3%) são protagonistas no presentear; e na maior parte das vezes as crianças (64,5%) escolhem o que receber.

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Para explicar o resultado da pesquisa, o presidente do CDL-Rio e do Sindilojas-Rio, Aldo Gonçalves, leva em conta expectativas cautelosas do empresariado fluminense em relação a outras regiões.

“Apesar do otimismo, temos observado vendas no Rio de Janeiro abaixo de outras praças. Sendo assim, o comerciante carioca ao mesmo tempo que está confiante, trabalha para acompanhar os níveis esperados de procura, ajustando custos e volume de produtos ao mercado.”

Ainda segundo ele, “todo segundo semestre é importantíssimo para o fortalecimento da atividade comercial. Logo mais teremos Black Friday e Natal para revigorar o faturamento. Mas, nem tudo são flores. Agora atravessamos problemas com as bets e o desvio do consumo para apostas. Além disso, um possível freio com as perspectivas de alta de juros. O final do ano pode ficar um pouco mais difícil do que esperamos, com o consumo com o décimo-terceiro salário podendo ficar mais comprometido”.

Já no Paraná, a data movimentar o comércio no Paraná, com consumidores atentos à qualidade e preço dos produtos. É o que mostra a sondagem da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado (Fecomércio-PR) e do Sebrae local, segundo a qual 65,2% dos paranaenses já estão se preparando para comemorar com presentes. No entanto, esse número representa uma leve queda em relação ao ano passado, quando 66,9% tinham planos de comprar algo especial para os pequenos. Em média, cada comprador deve presentear de duas a três crianças.

Os pais continuam sendo os maiores responsáveis pelos presentes, representando 54,5% dos compradores, seguidos por tios, avós e demais familiares (52,5%). Padrinhos e madrinhas não ficam de fora, com 8,3% de participação. Já 5,4% das pessoas que vão comprar presentes não têm parentesco direto com as crianças.

Por outro lado, 33,7% dos entrevistados afirmaram que não vão presentear neste Dia das Crianças. O principal motivo? Simplesmente não têm crianças para presentear (58,9%). Questões financeiras também pesam: 24% apontaram dificuldades econômicas, um aumento em relação aos 14,8% do ano passado.

Este ano, o tíquete médio dos presentes subiu 6,6% e deve ser de R$ 154,38. A maior parte das compras (32,1%) será de presentes com valor de até R$ 100.

O coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio-PR, Rodrigo Schmidt, enfatiza que o Dia das Crianças é considerado a terceira data comemorativa mais importante para o varejo, em volume de vendas, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

“É positivo observarmos que o valor médio dos presentes aumentou em 6,6% neste ano, mostrando que, mesmo em tempos de desafios econômicos, os paranaenses estão dispostos a investir mais nas comemorações do Dia das Crianças. Esse aumento reflete também a valorização da qualidade dos produtos, especialmente dos brinquedos, uma vez que esses itens receberam mais de 75% das intenções de compra”, reitera.

A preferência pelos brinquedos aumentou, passando de 69,6% no ano passado para 75,2% este ano. Roupas e calçados – sempre úteis na visão dos pais -, seguem em alta, com 29,8% dos entrevistados optando por eles. Jogos educativos estão ganhando espaço, subindo de 5,3% para 7,4%. Os eletrônicos também estão em alta, especialmente entre as crianças mais velhas, saltando de 2,4% para 5%.

A maioria dos adultos (69%) decidirá sozinha o que comprar, mas 21,9% consultam as crianças, e 8,7% preferem fazer uma compra conjunta.

Ainda segundo a pesquisa, o paranaense gosta de decidir na última hora: 62% vão deixar para comprar na semana que antecede o Dia das Crianças e 9,5% vão comprar no próprio dia. Outros 20,2% preferem se antecipar, comprando entre oito e 15 dias antes.

O comércio de rua segue sendo o preferido, com 41,3% das menções entre os consumidores. As lojas de bairro, em particular, estão ganhando força, com 28,5% de preferência. E as lojas do centro da cidade devem receber 12,8% do movimento. Compras virtuais também continuam em alta, representando 33,9%, enquanto 32,2% dos consumidores devem ir aos shoppings.

Quando o assunto é pagamento, a maioria dos paranaenses vai optar por pagar à vista. As compras pagas no Pix (31%), cartão de débito (28,9%) e dinheiro (14,5%) devem somar 74,4%. O uso do Pix aponta tendência de crescimento, passando de 23% no ano passado para 31% este ano, assim como o cartão de débito, sinalizado como opção de pagamento por 28,9% dos consumidores. Por outro lado, o uso de dinheiro em espécie continua caindo, ao passar de 19,8% no ano passado para 14,5%.

E de acordo com o levantamento, boa parte dos consumidores (60,8%) só vai às compras depois de fazer pesquisa de preços. Esse número era maior no ano passado, quando 75,6% se preocupavam em comparar preços antes de fechar negócio. A internet é a principal fonte de pesquisa para 40,1% dos consumidores.

A qualidade do produto é o fator mais importante para os paranaenses na hora de decidir o que comprar e eles estão ainda mais criteriosos neste ano: 32,4% consideram esse critério essencial, um aumento em relação a 2023, quando esse fator era decisivo para 25,9% dos consumidores. O preço baixo vem logo atrás, com 19,3%, seguido pelo atendimento, que influencia 16,4% dos compradores.

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