Apesar do gordo lucro assegurado, principalmente pelas excepcionais taxas de juros praticadas no país, os bancos privados já fecharam este ano 3.541 postos de trabalho, o equivalente a 10% da categoria, segundo trabalho encomendado pela Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT) ao Dieese. E o presidente da CNB/CUT, Vagner Freitas, acrescenta ter informações de que Unibanco, Itaú, Bradesco, Santander e ABN/Real planejam novas demissões para dezembro e janeiro: “O aumento real que conquistamos este ano está causando impacto de 9,3%, em média, na folha de pagamento. Como os banqueiros deram aumento maior do que pretendiam, agora querem compensar com as demissões”, critica.
Porre subsidiado
A renúncia fiscal da União para as cervejarias alcança R$ 1 bilhão. O dado consta de estudo entregue à Receita Federal pela Federação Nacional das Distribuidoras (Fenadibe), vinculada aos fabricantes de cerveja, refrigerantes, água mineral e bebidas em geral. No trabalho, a Fenadibe aponta o que considera distorções do modelo tributário para o mercado brasileiro de cerveja, como o fato de o recolhimento do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) pelo setor se basear nos volumes produzidos pela indústria, o que onera mais as marcas populares do que as cervejas premium. Dessa forma, cervejas mais baratas para o consumidor pagam mais impostos que marcas mais caras.
Os setores de distribuidores de bebidas e dos fabricantes independentes de cerveja, refrigerantes e água mineral soma 50 fábricas e de 1,5 mil distribuidoras que atendem 1,2 milhão pontos de venda no país, com 250 mil empregos diretos e 1 milhão indiretos.
Hood Robin
O estudo teve o apoio das cervejarias Frevo, Itaipava, Schincariol, Lokal, Besser, que detêm cerca de 20% do mercado. E propõe a mudança do atual sistema tributário, em vigor há 16 anos, por um modelo classificatório de classes, como o aplicado às destilarias de aguardente e uísque e à indústria de cigarros. A mudança faria com que a cerveja de preço mais baixo pagasse menos impostos do que as mais caras. Para Valdemir Machado, presidente da Fenadibe, o atual modelo tributação é um sistema Robin Hood às avessas. Ele afirma que a mudança sugerida não implicaria preços mais altos para o consumidor nem perda de arrecadação, além de permitir um ambiente mais competitivo no setor. Machado apóia a manutenção do sistema de vazão, que entrará em vigor em janeiro de 2005, que permite medir na própria fábrica a produção total das cervejarias e é apontada pelos grandes setor como uma forma de reduzir a sonegação de impostos pelas marcas menores.
Papelão
As vendas de papelão ondulado – considerado a embalagem das embalagens, e, por isso, um dos termômetros da economia – devem somar 2,107 milhões toneladas em 2004, mais 11,7% sobre o ano passado, segundo o presidente da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), Paulo Sérgio Peres. Peres adverte, porém, que, apesar de expressivo, esse crescimento se deve à baixa base de comparação e foi insuficiente para recuperar as perdas sofridas em 2003. E destaca que o setor, este ano não atingirá os 2,144 milhões
toneladas vendidas em 2002, melhor ano para o setor.
Economia
A adoção de tecnologia digital em exames radiológicos permitiu economia de R$ 135 mil para o Instituto de Diagnóstico por Imagem (IDI), da Sociedade Beneficente e Hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto, em 2002. O sistema foi usado nos setores de pneumologia, urologia, neurologia, CTI, UTI e ortopedia. A economia se deve à redução do número de impressões e reimpressões de filmes radiológicos dos exames de ressonância magnética, ultra-som, tomografia computadorizada e raio X, porque os diversos tipos de aparelhos de diagnóstico por imagem comunicam-se entre si enviando imagens para um servidor central pelo sistema PACS Radview (Sistema de aquisição, arquivo e distribuição de imagens radiológicas), da WPD Tecnologia.