O JPMorgan fechou o segundo trimestre com lucros de US$ 6,5 bilhões, aumento de 31% em relação ao mesmo período do ano passado, que superou as previsões dos analistas. O resultado líquido por ação foi de US$ 1,6, quando os analistas apontavam para um valor de US$ 1,45.
O maior banco norte-americano por ativos conseguiu assim afastar os receios de abrandamento nos resultados do setor nos Estados Unidos, tendo sido o primeiro a reportar as con-tas do segundo trimestre. O CEO, Jamie Dimon, destacou a forte performance conseguida em todos os negócios do banco.
O JPMorgan obteve resultados recorde nos últimos três anos, beneficiando da política da Federal Reserve de juros perto de zero e da compra de dívida pública para impulsionar a economia.
As receitas totais subiram 13% para US$ 26 bilhões, com o banco se beneficiando sobretudo do aumento das receitas no trading de ações e obrigações, num trimestre em que as bolsas norte-americanas atingiram máximos históricos.
Na unidade do banco de varejo o lucro caiu para US$ 3,1 bilhões e na divisão de empresas e banco de investimento os resultados líquidos aumentaram para 2,8 bilhões. As comis-sões no banca de investimento subiram 38%.
O resultado do segundo trimestre de 2012 poderia ser maior se não fossem apostas erradas em derivativos de bilhões de dólares. O banco disse que a receita com renda fixa e ações subiu 18% no trimestre, na comparação com um ano antes.
A divisão de corporativa e de private equity, que um ano atrás teve prejuízo de quase US$ 1,8 bilhão após impostos devido ao escândalo com derivativos conhecido como “London Whale”, teve perdas de US$ 522 milhões no segundo trimestre deste ano.
As receitas com hipotecas caíram 14%, para US$ 1,1 bilhão. O JPMorgan é o segundo maior banco de hipotecas dos EUA, após o Wells Fargo, com 11 por cento de participação de mercado.