Ajudar os Estados Unidos na caça a Bin Laden começa a dar re$ultados para o Paquistão. Ontem, o Clube de Paris aceitou reestruturar US$ 12,5 bilhões da dívida pública do vizinho do Afeganistão. O valor corresponde praticamente à totalidade da dívida pública paquistanesa em mãos dos países membros do Clube de Paris, que é de US$ 13,5 bilhões. O total da dívida pública de Islamabad é avaliada em US$ 32,8 bilhões.
O ministro paquistanês das Finanças, Shaukat Aziz, admitiu que o apoio do Paquistão aos Estados Unidos na luta contra a rede Al-Qaeda e o regime Talibã justifica o gesto do Clube de Paris (que reúne os maiores credores do mundo).
Faltou dizer
Esta coluna está longe de ter procuração para defender a Universidade Estácio de Sá – e mais longe ainda de aprovar a receita de ensino da instituição. Mas foi com surpresa que verificou, entre dezenas de pessoas que acompanharam as matérias da Rede Globo sobre a aprovação “em nono lugar” de uma pessoa semi-alfabetizada no vestibular da Estácio, que todas desconheciam o fato de que só havia nove candidatos para o curso em questão.
Os titulares dessa coluna não figuram entre os milhões de telespectadores do Fantástico, mas ouviu pessoas – de formadores de opinião a donas-de-casa – que assistiram à reportagem. Todos foram unânimes em apontar que o programa da Globo não citou o detalhe do número de candidatos por vaga – ou melhor, vagas por candidato. Em reportagens e colunas nos diversos meios de comunicação do grupo do Dr. Roberto, esse detalhe foi citado sem destaque ou então desqualificado.
O fato de que o candidato foi aprovado não “em nono lugar”, mas em último, é chave na questão. Apesar de não retirar a culpa da Estácio, reduz em muito a importância da denúncia. A única conclusão é que a reportagem da Globo, ao omitir ou não destacar esse fato, não seguiu os manuais de ética do jornalismo.
Conhecimento
Não se pode dizer que Pedro Bial, editor do Fantástico, desconheça a Universidade Estácio de Sá. Ele era um assíduo palestrante do curso de Jornalismo.
Desalento
A forte queda na taxa de crescimento econômico na América Latina não foi acompanhada pelas taxas de desemprego. Este resultado, aparentemente paradoxo, é conseqüência da menor procura de emprego por parte das pessoas, denominado desemprego oculto ou fenômeno do trabalhador desalentado. A análise consta do Panorama Laboral, estudo publicado anualmente pelo Escritório Regional da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para a América Latina e Caribe, localizado em Lima, no Peru.
A redução da taxa de desemprego no Brasil ajudou a compensar a deterioração da situação do emprego na grande maioria dos países da América Latina entre 2000 e 2001. A redução na taxa brasileira foi de 1 ponto percentual (de 7,2% para 6,2%). A participação da força de trabalho do Brasil na região é de 42%. Entre os países que sofreram retrocesso na situação do trabalho estão Argentina, Colômbia, Jamaica, Peru e Uruguai.
Negócio
O HSBC não anda muito satisfeito com as operações no Brasil. Um banco norte-americano já foi chamado para conversar com a instituição inglesa.
DDD
BrasilTelecom, uma das poucas operadoras de telefonia a se salvar do desastre da administração no setor, não ficaria chateada em negociar com a Intelig.
Brinquedo
Cerca de 2 mil brinquedos foram doados ontem pela Secretaria de Energia, Indústria Naval e Petróleo à Secretaria de Ação Social. Os brinquedos, que foram arrecadados durante a cerimônia de entrega do Prêmio Qualidade Rio, realizado no último dia 12, no Teatro Municipal, serão encaminhados para o projeto Vida Obra Social, que se encarregará de distribuí-los para crianças carentes de todo o estado no Natal. “Esta é uma contribuição das empresas que participaram do Prêmio Qualidade Rio e dos convidados do evento ao importante trabalho da Secretaria de Ação Social”, comentou o secretário Wagner Victer.