Lula destaca resultados da viagem à China

Em coletiva no último dia da viagem à China, Lula exalta parceria e afirma que palavra correta é 'compartilhar'

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Lula concede coletiva na China
Lula concede coletiva na China (foto de Ricardo Stuckert, PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou, em entrevista ao fim da agenda de compromissos na China, nesta quarta-feira, a importância da viagem para ampliar as parcerias do governo brasileiro com o governo chinês e estimular investimentos privados entre os países. Brasil e China assinaram 20 acordos e adotaram outros 17 documentos para fortalecer a cooperação, pelos próximos 50 anos, em diversas áreas.

“A nossa relação com a China é muito estratégica. A gente quer aprender e, também, atrair mais investimentos para o Brasil. A gente quer mais ferrovia, mais metrô, mais tecnologia. A gente quer inteligência artificial. A gente quer tudo o que eles possam compartilhar conosco. E a palavra correta é ‘compartilhar’. Porque a gente precisa aprender a trabalhar junto para que as coisas possam dar os frutos que nós precisamos”, destacou Lula.

O presidente pontuou a importância da exportação de commodities brasileiras para a China e indicou o desejo de diversificar os tipos de produtos que são comercializados. “Nós também queremos trocar produtos com maior valor agregado e, por isso, queremos que os chineses nos ajudem a dar esse avanço no desenvolvimento tecnológico que precisamos. Aí entra a discussão da transição energética, da transição climática e a questão da inteligência artificial”, disse.

Esta é a quarta visita de Estado de Lula à China, a primeira a ocorrer desde a elevação das relações bilaterais ao patamar de “Comunidade de Futuro Compartilhado Brasil-China por um Mundo Mais Justo e um Planeta Mais Sustentável”, em novembro de 2024. Trata-se do terceiro encontro entre o líder brasileiro e o presidente da República Popular da China, Xi Jinping, desde 2023.

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Lula também abordou a relevância do Brics, grupo de cooperação econômica e diplomática do qual Brasil e China fazem parte e cuja próxima cúpula será no Rio de Janeiro, nos próximos dias 6 e 7 de julho. “Ontem [terça-feira] eu falei com o Xi Jinping: o Brics é a possibilidade de a gente mudar um pouco a história para colocar os excluídos dentro do sistema político e econômico. Por isso que o Brics é importante. E eu tenho certeza que nós vamos realizar no Brasil, no mês de julho, a melhor reunião do Brics já feita desde que o bloco foi criado”, frisou.

Na terça-feira, Lula e Xi Jinping participaram da abertura do IV Fórum Celac-China (FCC). Trata-se de uma plataforma de cooperação intergovernamental entre países em desenvolvimento, que serve de vetor de promoção dos interesses do Sul Global.

O presidente brasileiro também participou do encerramento do Fórum Empresarial Brasil-China, na segunda-feira (12). Na ocasião, o Brasil celebrou a atração de investimentos chineses, por meio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), na ordem de R$ 27 bilhões.

Desde 2003, de acordo com o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), o Brasil foi o principal destino de investimentos chineses na América Latina (39% do total). O CEBC estima que, entre 2007 e 2023, os investimentos chineses no Brasil tenham chegado a US$ 73,3 bilhões, resultado de 264 projetos nas cinco regiões do país.

Do total de investimentos chineses no Brasil destinados à indústria, destacam-se sobretudo a automotiva, eletroeletrônica e de máquinas e equipamentos. Os 93 projetos industriais e de tecnologia da informação equivalem a 36% do número total de empreendimentos chineses no Brasil.

Com informações do Planalto

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