Lula diz que governo tomará medidas para defender empresas nacionais

Presidente se referiu à taxação de produtos brasileiros pelos EUA; no Senado, Paulo Paim critica 'tarifaço' e defende proteção à economia brasileira

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Lula (Foto: Marcelo Camargo/ABr)
Lula (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

O presidente Lula disse nesta quinta-feira que o país vai tomar “todas as medidas cabíveis” diante da decisão do governo norte-americano de tarifar em 10% os produtos brasileiros. A sobretaxa foi anunciada na última quarta pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em meio a uma espécie de tarifaço global sobre impostos de importação.

“Defendemos o multilateralismo e o livre comércio. E responderemos a qualquer tentativa de impor um protecionismo que não cabe mais hoje no mundo. Diante da decisão dos EUA de impor uma sobretaxa aos produtos brasileiros, tomaremos todas as medidas cabíveis para defender as nossas empresas e os nossos trabalhadores, tendo como referência a lei da reciprocidade econômica, aprovada ontem pelo Congresso Nacional, e as diretrizes da Organização Mundial do Comércio”, disse Lula.

No Senado, o senador Paulo Paim (PT-RS), em pronunciamento no Plenário, criticou o “tarifaço” de 10% imposto por Donald Trump, sobre produtos brasileiros. Para o senador, a medida atinge diretamente as exportações do país e exige uma reação firme do Brasil, com base no diálogo e na diplomacia.

“Essa medida, sem dúvida, terá um impacto significativo sobre o nosso setor exportador, podendo resultar em cortes de empregos, redução de renda e aumento da inflação. E, como sempre, os mais pobres são os que serão afetados”, afirmou.

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Paim destacou que o Congresso Nacional reagiu com rapidez ao aprovar o PL 2.088/2023, projeto de lei que permite ao Brasil adotar contramedidas sempre que seus produtos forem alvo de barreiras comerciais no exterior. Ele disse que o projeto – que será enviado à sanção da Presidência da República – representa uma resposta firme e equilibrada para proteger a economia nacional.

“Faço um apelo para que todos nós mantenhamos uma posição firme, para que o Brasil continue, com clareza, fazendo o bom debate, o bom diálogo, defendendo os interesses do povo brasileiro. Precisamos fortalecer nossas relações com outros parceiros comerciais, diversificar mercados e adotar medidas que protejam nossos trabalhadores, nossos empreendedores, nossa economia”.

Com informações da Agência Brasil e da Agência Senado

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