Lula e Macron discutem busca de solução para conflito na Ucrânia

Conversa ocorre após encontro entre EUA e Rússia que estabeleceu bases para buscar caminho que encerre a guerra na Ucrânia

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Lula ao telefone (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Lula ao telefone (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente francês Emmanuel Macron conversaram nesta terça-feira sobre a agenda global e bilateral, particularmente sobre como encontrar uma solução para o conflito entre Ucrânia e Rússia.

Durante a conversa telefônica, o presidente brasileiro expressou sua preocupação com a situação internacional e reafirmou o compromisso de seu país com a promoção da paz e a defesa da democracia, informou a Presidência brasileira em nota.

Macron também reconheceu a importância da contribuição de atores como o Brasil para encontrar uma solução para o conflito na Ucrânia. “Os dois líderes reiteraram a importância de uma solução para a guerra que inclua a participação de todas as partes envolvidas no conflito. Eles concordaram em permanecer em contato permanente sobre esta questão”, disse a nota.

Lula aceitou o convite de Macron para fazer uma visita de Estado à França em 6 e 7 de junho e confirmou sua presença na Conferência das Nações Unidas sobre Oceanos, que acontecerá em Nice em 8 e 9 de junho.

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Nesta terça-feira, os Estados Unidos e a Rússia concordaram em trabalhar para encontrar um caminho para acabar com o conflito na Ucrânia e melhorar os laços bilaterais. Representantes dos dois países se encontraram para negociações de alto nível na Arábia Saudita.

Nas primeiras interações presenciais entre altos funcionários dos EUA e da Rússia desde o início do conflito Rússia-Ucrânia em fevereiro de 2022, a delegação russa, liderada pelo ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e pelo assessor de relações exteriores do Kremlin, Yuri Ushakov, se encontrou com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que foi acompanhado pelo conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, e pelo enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

Após uma conversa de quatro horas e meia, Witkoff descreveu as negociações em Riad como “positivas, otimistas e construtivas”. Ushakov disse que foi uma “discussão muito séria sobre todas as questões que queríamos abordar” e enfatizou que os dois lados concordaram em levar em consideração os interesses um do outro e desenvolver relações bilaterais.

Estados Unidos e Rússia concordaram em “estabelecer um mecanismo de consultas para abordar questões sensíveis em nosso relacionamento bilateral com o objetivo de tomar medidas para normalizar o funcionamento de nossas respectivas missões diplomáticas”, disse o Departamento de Estado dos EUA em um comunicado.

Washington e Moscou “nomearão suas respectivas equipes seniores para começar a trabalhar em um caminho para acabar com o conflito na Ucrânia o mais rápido possível, de forma duradoura, sustentável e mutuamente aceitável”, disse o comunicado.

Os dois lados concordaram em “estabelecer as bases para uma cooperação futura em questões de interesse geopolítico mútuo e nas oportunidades econômicas e de investimento históricas que surgirão de um fim bem-sucedido ao conflito na Ucrânia”.

Falando em uma entrevista coletiva após a reunião, Lavrov descreveu as discussões como “muito úteis” e enfatizou a posição firme da Rússia de que o envio de tropas da Otan é inaceitável.

Com informações da Agência Xinhua

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