O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve nesta sexta-feira uma reunião bilateral com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. No encontro em Moscou, Lula debateu desafios atuais da geopolítica internacional e o reforço à parceria estratégica e produtiva entre as duas nações.
O presidente brasileiro reforçou o interesse nacional em trazer maior equilíbrio à balança comercial bilateral, bem como em multiplicar parcerias em áreas como energia, espaço, ciência e tecnologia e cultura. Em 2024, o comércio bilateral atingiu recorde, de US$ 12,4 bilhões (aumento de 9% em relação a 2023). Foram US$ 1,4 bilhão de exportações (aumento de 8% em relação a 2023) e US$ 11 bilhões de importações brasileiras (aumento de 9%).
“É um comércio bastante deficitário para o Brasil, mas entendemos que o potencial de crescimento é grande. Temos interesse em discutir a área de defesa, a área espacial, a área científico-tecnológica, de educação e, sobretudo, a questão energética”, disse Lula.
As exportações brasileiras se concentram em soja (33%), café não torrado (18%) e carne bovina (18%). As importações envolvem óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (57%) e adubos e fertilizantes químicos (34%).
“Esta minha visita é para estreitar e refazer com muito mais força a nossa construção de parceria estratégica. O Brasil tem interesses políticos, comerciais, culturais, científicos e tecnológicos com a Rússia. Somos duas grandes nações em continentes opostos. Fazemos parte do Sul Global e temos a chance de, nesse momento histórico, fazer com que a nossa relação comercial possa crescer muito”, disse Lula, que mais cedo participou da Cerimônia de celebração dos 80 anos do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, na Praça Vermelha.
A comitiva brasileira conta com os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), além do presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, e do 2º vice-presidente da Câmara, deputado federal Elmar Nascimento.
Da Rússia, Lula embarca para Beijing, onde participará do Fórum Ministerial entre Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e a China e terá reunião com o presidente chinês, Xi Jinping.
Com informações do Planalto