Lula lançará Novo PAC a partir de 2 de julho

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Marcos Uchôa e Lula (foto de Ricardo Stuckert, PR)
Marcos Uchôa e Lula (foto de Ricardo Stuckert, PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira que o seu governo lançará um grande programa de obras de infraestrutura para o desenvolvimento do País em todas as áreas a partir de 2 de julho. “Como tínhamos um grande número de políticas públicas que deram certo, decidimos recriá-las para poder lançar um grande programa de obras para o desenvolvimento nacional”, anunciou em conversa com o jornalista Marcos Uchôa, na estreia do programa Conversa com o Presidente, transmitido ao vivo pelas redes sociais.

O programa de obras foi batizado como Novo PAC, em referência ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vigente nas gestões anteriores do Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo o governo, pretende-se que o programa contenha seis pilares: transportes, infraestruturas urbanas, equipamentos sociais, água, comunicações e energia.

Lula também afirmou na entrevista que seu governo exige que o programa de habitação Minha Casa, Minha Vida chegue à classe média, para a qual seu Executivo deve construir “um enorme” número de casas. “Teremos que pensar em todos os segmentos da sociedade para que as pessoas sintam que o governo os levou em consideração”, disse.

Ao fazer um balanço da atual gestão, iniciada em 1º de janeiro, o presidente brasileiro garantiu estar “muito satisfeito com o trabalho” que o governo está realizando. “Já sabemos o que temos que fazer daqui para frente, sabemos que temos que fazer muito mais do que fizemos em qualquer outro mandato porque temos que reconstruir o Brasil”, enfatizou.

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O presidente avaliou que o governo atual trabalhou mais do que em qualquer outro momento da história por ter encontrado “um país destruído”. “Fazer reforma e reconstruir é muito mais difícil do que fazer uma coisa nova.”

Lula disse ter encontrado cerca de 14 mil obras paradas quando assumiu o governo há 6 meses – 4 mil apenas na área da educação. “O povo brasileiro tem que ter um pouquinho de paciência porque não vai ter fake news no nosso governo”.

“Governar é como plantar uma árvore. Você plantou uma árvore frutífera, você tem que aguar, tem que ter sol e tem que esperar os frutos aparecerem. Primeiro aparece uma flor, depois, um botão. Depois esse fruto vai crescendo, vai ficando bom, vai ficando maduro e a gente come. Nós estamos nessa fase em que amadureceu. Já sabemos o que fazer daqui pra frente. Sabemos que temos que fazer muito mais do que fizemos em qualquer outro mandato que nós tivemos porque precisamos reconstruir o Brasil.”

“Sinceramente, estou extremamente satisfeito. Tenho combinado viagens aqui dentro com viagens no exterior, porque é preciso recuperar a capacidade do mercado interno brasileiro. O Brasil estava aleijado de política internacional”, disse.

O presidente também destacou a importância do programa Desenrola Brasil, que pretende juntar devedores e credores para renegociar dívidas e reduzir a situação de inadimplência como, por exemplo, de pessoas que ganham até dois salários mínimos ou que estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e com dívidas até 31 de dezembro de 2022. Elas poderão saldar seus débitos de até R$ 5 mil.

“Estamos preocupados em encontrar uma saída para 72 milhões de brasileiros e brasileiras que devem e devem qualquer coisa. Estão com nome sujo no Serasa. Ou devem porque usaram o cartão de crédito para comprar comida ou devem porque usaram o cartão de crédito para enfrentar a pandemia e nós queremos ajudar essa gente. Por isso, estamos criando um programa chamando Desenrola”, disse o presidente.

“Nós vamos garantir isso para as pessoas: encontrar um jeito de ajudar para ela poder voltar à normalidade”, acrescentou.

Lula ressaltou ainda a importância da previsibilidade para o crescimento da economia do país. O presidente lembrou o encontro com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, em Hiroshima, no Japão. Na ocasião, os dois trataram da situação de países da América Latina.

“É por isso que encontrei com a presidente do FMI em Hiroshima e disse para ela: ‘Vou te avisar uma coisa, a previsão do FMI sobre o crescimento do Brasil está equivocada. Quando chegar no final do ano que vem, eu vou me encontrar com a senhora no G20 e vou lhe provar que a economia brasileira cresceu muito mais do que o que o FMI está dizendo agora’”, avisou Lula.

Com agências Xinhua e Brasil

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