Lula: meu papel é conviver com presidente dos EUA

Kamala fala em derrotar Trump e o Projeto 2025, agenda dos conservadores

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Lula dá entrevista a correspondentes internacionais
Lula dá entrevista a correspondentes internacionais (foto de Ricardo Stuckert, PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que após a decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de abandonar sua candidatura para buscar a reeleição em novembro próximo, ele espera que as eleições americanas sejam definidas “da forma mais civilizada possível”. A vice-presidente Kamala Harris surge como provável candidata democrata.

Em encontro com a imprensa estrangeira no Palácio da Alvorada, residência oficial da cidade de Brasília, Lula afirmou que tinha um bom relacionamento com Biden e que desde o início achou que a decisão de continuar ou abandonar a candidatura dependia só dele.

“Eu disse desde o início, quando se discutiu se ele (Biden) deveria sair ou não, que dependia dele (…) qualquer líder político pode mentir para todos, mas você não pode mentir para si mesmo”, disse o presidente.

“Meu papel é querer que eles escolham um candidato para disputar as eleições e que escolham aquele que é o melhor. Porque meu papel não é decidir quem é o presidente dos Estados Unidos, meu papel é conviver com aquele que é o presidente dos Estados Unidos”, disse ele.

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Segundo Lula da Silva, seja quem for o próximo presidente dos Estados Unidos, a relação com o Brasil tem que ser “civilizada”. “É importante uma relação civilizada entre dois países (…) eles têm uma relação diplomática centenária que queremos manter”, enfatizou.

“O presidente dos Estados Unidos tem um peso, independentemente de quem seja, pela importância do país, pela força da economia”, acrescentou o presidente brasileiro.

Kamala Harris disse no domingo que trabalhará para unir o Partido Democrata e o país para vencer o candidato republicano, o ex-presidente Donald Trump. “Farei tudo o que estiver ao meu alcance para unir o Partido Democrata – e unir a nossa nação – para derrotar Donald Trump e a sua agenda extrema do Projeto 2025”, publicou Kamala em sua rede X-Twitter, e ainda pediu doação de recursos para a sua campanha.

O Projeto 2025, citado por Kamala, é um conjunto de proposições da direita conservadora dos EUA para remodelar o governo norte-americano. Essas propostas foram desenvolvidas pela instituição ultraconservadora Heritage Foundation. Trump nega apoiar o Projeto 2025, mas o documento foi produzido, em boa parte, por ex-assessores dele.

Ao desistir de concorrer à Presidência do país, Biden manifestou seu apoio ao nome de Kamala para substituí-lo. Para concorrer à Presidência dos EUA pelos democratas, no entanto, Kamala ainda precisa ter sua indicação aprovada pelo partido.

Com Agência Xinhua

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