O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rejeitou categoricamente uma possível invasão militar dos EUA à Venezuela nesta terça-feira e defendeu o diálogo e a diplomacia como as únicas formas de resolver a situação no país sul-americano.
“Não quero que cheguemos ao ponto de uma invasão terrestre [da Venezuela]”, declarou o presidente durante entrevista a agências de notícias internacionais em Belém. Na mesma entrevista, Lula lembrou o conselho que deu ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump: “Problemas políticos não se resolvem com armas. Resolve-se com diálogo”.
O chefe de Estado brasileiro afirmou que a crescente presença militar dos EUA no Caribe, que descreveu como uma ameaça à estabilidade regional, será um dos principais temas de discussão na IV Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) – União Europeia (UE), que será realizada nos dias 9 e 10 de novembro em Santa Marta, Colômbia.
Lula ressaltou que, embora o combate ao narcotráfico seja legítimo, a presença militar dos EUA não é necessária. Ele afirmou que Washington “poderia estar tentando ajudar esses países, e não atacá-los”, e se opôs firmemente a uma possível intervenção militar.
Também nesta terça-feira, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, rejeitou, durante coletiva de imprensa, um suposto plano dos EUA para uma missão militar antidrogas em território mexicano, afirmando que seu governo não a permitirá sob nenhuma circunstância. “Isso não vai acontecer. Não temos nenhuma informação de que isso vá acontecer e, além disso, não concordamos com isso, e deixamos isso claro para o presidente Trump”, declarou a chefe de Estado em resposta a uma reportagem publicada no dia anterior pela NBC News.
Com TelesurTV
















