O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que se o presidente dos EUA, Donald Trump, impuser tarifas sobre produtos brasileiros, ele responderá na mesma moeda, mas espera manter uma relação de civilidade e respeito.
“Quero respeitar os Estados Unidos e quero que Trump respeite o Brasil, só isso”, disse Lula em entrevista coletiva no Palácio do Planalto. “É muito simples. Se ele taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade do Brasil. Não há dificuldade. Eu governei o Brasil sob presidentes republicanos e democratas. Minha relação é sempre a mesma: a de um Estado soberano com outro Estado soberano.”
O presidente brasileiro disse que algumas pessoas superestimam as relações comerciais entre os dois países, mas ele espera mantê-las ou até mesmo aumentá-las em relação aos Estados Unidos. Em 2024, o Brasil teve um pequeno déficit comercial (US$ 253 milhões) com os Estados Unidos, exportando US$ 40,33 bilhões e importando US$ 40,583 bilhões, tornando a nação norte-americana seu segundo parceiro comercial depois da China, segundo dados oficiais.
Levantamento da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) mostra que as exportações brasileiras para os EUA em 2024 bateram recorde, com uma elevação de 9,2% sobre o ano anterior.
Questionado se pretende buscar contato direto com Trump, o presidente brasileiro disse que, por enquanto, não há interesse de nenhuma das partes.
O presidente brasileiro também abordou o tema da economia e da inflação, mencionando que o que precisa ser feito é aumentar a produção.
A coletiva de imprensa, que não teve um tema específico anunciado com antecedência, marcou uma mudança na estratégia de comunicação, depois que Sidonio Palmeira assumiu a chefia da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Com informações das agências Brasil e Xinhua