“Vou fazer a Petrobras ser, se não a primeira, a segunda empresa petroleira do mundo.” Assim o ex-presidente Lula (PT) se manifestou sobre a maior empresa brasileira, em entrevista ao UOL. Ele disse que a atual política de preços da Petrobras é “para agradar aos acionistas em detrimento de brasileiros” e prometeu mudar a forma de calcular o preço do combustível, abandonando a paridade com o dólar e usando os custos nacionais, “porque produzimos em real e pagamos salário em real”.
Lula disse que vai investir para aumentar a capacidade de refino do país. O ex-presidente disse que Bolsonaro “não teve coragem” de agir na empresa e foi “covarde”.
Nesta quarta-feira, reunião no Conselho de Administração (CA) da Petrobras discutiu mudança na governança dos preços da estatal. Atualmente, a definição da política é feita pela diretoria, como manda o estatuto. O CA aprovou a “Diretriz de Formação de Preços no Mercado Interno” incorporando “camada adicional de supervisão da execução das políticas de preço pelo Conselho de Administração e Conselho Fiscal, a partir do reporte trimestral da Diretoria Executiva, o que amplia poder de atuação do Conselho, afirma o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar.
O petroleiro classificou a medida de “tentativa eleitoreira de Bolsonaro de alterar a governança da política de preço de paridade de importação (PPI), de forma a ter mais controle nos reajustes dos combustíveis a menos de três meses das eleições”, mas disse que a proposta encontrou resistências.
Na entrevista ao UOL, Lula confirmou que não concorrerá à reeleição, se for escolhido em outubro, disse que retomará o PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) e o reajuste anual do salário mínimo acima da inflação, acenando com a volta da esperança. Sobre o perfil de seu possível ministro da Economia, Lula da Silva disse que “tem que ser alguém com cabeça política. Não quero fazer um governo de burocratas”. Página
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