Madrugada de terça é a preferida para golpes

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Código binário, tela verde (Foto: ABr/arquivo)
Código binário, tela verde (Foto: ABr/arquivo)

De acordo com estudo exclusivo da ClearSale, os fraudadores costumam estar sempre prontos para aplicar golpes nos usuários, mas às terças-feiras, durante a madrugada das 2h às 4h, com pico às 3h, é quando eles praticam mais golpes. A taxa de fraude neste dia é de 2,23% – em segundo lugar, fica sexta-feira, com 2,21%. As informações são do levantamento Mapa da Fraude do primeiro semestre, que considerou cerca de 6 mil clientes nos períodos de 1 de janeiro a 30 de junho.

A pesquisa mostra que próximo ao final de semana, os fraudadores atuam com menor força. Domingo é o dia com menor incidência de fraudes com 1,75%, seguido pelo sábado que representa 1,99%. Considerando o primeiro semestre, o mês de abril foi o período que mais apresentou tentativas de fraudes. Foram cerca de 12,6 milhões de pedidos e 2,27% em quantidade de tentativas de fraude. Janeiro foi o mês com menos fraudes, com 13,4 milhões de pedidos e 1,93% em quantidade de fraude.

No primeiro semestre de 2022, o país registrou mais de 2,8 milhões de tentativas de fraude no período de 1º de janeiro a 30 de junho, segundo o estudo. De acordo com o levantamento, este número aponta um crescimento de 9% em comparação ao mesmo período do ano de 2021. Em valores, o total chega a somar mais de R$ 2,9 bilhões, de acordo com 165 milhões de pedidos registrados no banco de dados da empresa. No comparativo com o último ano, esse número foi quase 10% maior.

Já estudo da Check Point Research, intitulado “Cyber Attack Trends: 2022 Mid-Year Report”, destaca como os ataques cibernéticos se tornaram uma arma de nível estado-nação, incluindo o novo método de ransomware de “extorsão de país” e hacktivismo afiliado ao estado, bem como a expansão de ransomware como a ameaça número um.

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Os pesquisadores analisaram como a guerra cibernética se intensificou para se tornar uma parte essencial da preparação e condução de um conflito militar real com consequências para governos e empresas em todo o mundo, mesmo aqueles que não estão diretamente envolvidos no conflito. Eles também exploraram um cruzamento com a ciberguerra e o hacktivismo afiliado ao Estado para interferir e paralisar a vida cotidiana, além de causar danos reais aos cidadãos, como ocorreu no ataque a todo o país da Costa Rica (em maio de 2022), que prejudicou serviços essenciais, incluindo saúde e receita interna, interrompendo consultas médicas e a cobrança de impostos neste novo método de “extorsão ao país”, tornando o ransomware a ameaça número um neste ano. A CPR investigou ainda o crescimento de ataques à cadeia de suprimentos na nuvem por meio de novas fontes de módulos na comunidade de código aberto.

As principais previsões para o segundo semestre destacadas no relatório incluem que enquanto os grupos de ransomware se tornaram mais estruturados e operam como empresas normais, com metas definidas a serem atingidas, haverá uma lição aprendida com o grupo de ransomware Conti, cujo tamanho e poder atraíram muita atenção, o que levou à sua queda. No futuro, os pesquisadores da CPR consideram que haverá muitos grupos pequenos e médios em vez de somente alguns grandes, de modo a se manterem ocultos de maneira mais eficaz.

Devido à implementação de macros da internet sendo bloqueadas por padrão no Microsoft Office, as famílias de malware mais sofisticadas acelerarão o desenvolvimento de novas cadeias de infecção, com diferentes tipos de arquivos protegidos por senha para impedir a detecção à medida que os ataques sofisticados de engenharia social aumentam.

E os grupos hacktivistas continuarão a alinhar seus ataques com a agenda de seu Estado-nação escolhido, principalmente porque a guerra Rússia-Ucrânia ainda está em andamento.

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