Após licença-maternidade, 56% das mulheres são demitidas

Mais de 63% das organizações não possuem iniciativas específicas para gestantes ou mães e revela aumento da resistência na contratação

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Grávidas em ambulatório (Foto: ABr/arquivo)
Grávidas em ambulatório (Foto: ABr/arquivo)

Estudos indicam que cerca de 56% das mulheres foram demitidas ou conhecem alguém que foi desligada após retornar da licença-maternidade. Além disso, 40% relatam ter enfrentado discriminação em processos seletivos ao mencionarem a maternidade.

A inclusão de mães no mercado de trabalho ainda enfrenta grandes obstáculos dentro das próprias organizações. É o que revela pesquisa da plataforma Catho, de acordo com a qual, 63,3% das empresas não possuem programas de inclusão, capacitação ou reconhecimento voltados a mães ou gestantes – evidenciando a falta de políticas estruturadas para apoiar esse público no ambiente corporativo.

Apenas 15% dos profissionais afirmaram trabalhar em empresas que contam com algum tipo de programa específico para este público, o que mostra que ações para promover a equidade de gênero e a diversidade ainda são incipientes na maioria das companhias.

Quando se trata de benefícios oferecidos que contribuem para o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal das mães, horários flexíveis (18,9%), salário-família (17,5%) e plano de saúde para dependentes (16,6%) são os mais citados. Entretanto, a ausência de programas estruturados e de um olhar mais cuidadoso para a maternidade ainda é a realidade para muitas profissionais.

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Outro dado preocupante é o aumento da resistência interna em processos de recrutamento e desenvolvimento de talentos. Segundo a pesquisa, 36,9% dos entrevistados afirmaram já ter presenciado resistência por parte da liderança para contratar ou promover mães ou gestantes – um crescimento de 3 pontos percentuais em comparação com 2024, que era 33%.

A falta de políticas específicas também impacta a retenção de talentos femininos e a construção de ambientes mais diversos. Estudos globais, como o da McKinsey & Company, indicam que companhias com diversidade de gênero acima da média têm 25% mais chances de obter lucratividade superior. Conforme a especialista da Catho, a diversidade, quando incorporada de forma genuína, gera ambientes mais criativos, produtivos e preparados para os desafios do futuro.

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