Maior parte dos incêndios em SP foram em áreas de agropecuária

Incêndios em SP afetam áreas agropecuárias e vegetação nativa: Defesa Civil em alerta máximo e monitoramento intensificado

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Incêndios SP
Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil

Entre os dias 22 e 24 de agosto, foram registrados 2,6 mil focos de calor no estado de São Paulo, sendo que mais de 80% estavam em áreas destinadas à agropecuária, de acordo com um levantamento do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Diante da situação, a Defesa Civil do estado manteve 48 municípios em alerta máximo e segue monitorando as áreas afetadas.

A maior parte dos focos de calor foi encontrada em áreas de cultivo de cana-de-açúcar, que concentraram 44,45% do total. Outros 19,99% dos focos ocorreram em regiões denominadas “mosaicos de usos”, onde não é possível distinguir entre pastagem e agricultura. Áreas de pastagem responderam por 9,42%, enquanto a silvicultura e outras culturas, como soja e citrus, registraram 7,43% dos focos.

Além das áreas agropecuárias, 16,77% dos focos de calor foram identificados em zonas de vegetação nativa, com as formações florestais sendo as mais afetadas. Cidades como Pitangueiras, Altinópolis, Sertãozinho, Olímpia e Cajuru concentraram 13,31% dos focos registrados no período, mostrando um agravamento da situação no interior paulista.

Na sexta-feira, dia 23, o estado de São Paulo contabilizou mais focos de calor do que todos os estados da Amazônia juntos, o que destacou a gravidade da situação. Especialistas do Ipam relataram a presença de colunas de fumaça a cada 90 minutos em determinadas regiões, evidenciando a intensidade dos incêndios.

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Diante desse cenário, a Defesa Civil intensificou o monitoramento em 48 municípios, que seguem em estado de alerta. Durante esta semana, essas cidades serão vigiadas 24 horas por dia, mas até o momento, não há focos ativos relacionados aos incêndios de SP monitorados pelo Gabinete de Crise.

As autoridades informaram que não há mais pessoas desalojadas no estado devido aos incêndios. No entanto, 44,6 mil hectares já foram consumidos pelo fogo, número que pode aumentar à medida que os levantamentos sejam concluídos.

O Mapa de Risco de Incêndio da Defesa Civil, divulgado na manhã desta terça-feira (27), indicou um risco elevado de novos incêndios para o próximo fim de semana. A previsão é que o tempo quente e seco volte a predominar no estado a partir da sexta-feira, aumentando a vulnerabilidade das áreas afetadas.

A situação atípica, descrita pela diretora de Ciência do Ipam, Ane Alencar, como um “Dia do Fogo” exclusivo para São Paulo, alerta para a necessidade de ações emergenciais e prevenção em um cenário que se agrava com as condições climáticas adversas.

Fonte: Agência Brasil

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