Maioria ainda teme aumento de desemprego, inflação e taxas de juros

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Fila de emprego (Foto: Rovena Rosa/ABr)
Fila de emprego (Foto: Rovena Rosa/ABr)

Recente aceleração do processo de vacinação contra a Covid-19 ainda não foi suficiente para reverter as expectativas dos brasileiros sobre o desempenho da economia brasileira e de sua própria condição financeira. Os brasileiros permanecem apreensivos e temem o aumento do desemprego, da inflação e das taxas de juros.

Levantamento da segunda edição do Radar Febraban, da Federação Brasileira de Bancos, mostra que metade dos entrevistados (52%) não acreditam que a situação financeira pessoal se recupere ainda esse ano e cerca de dois terços dos entrevistados (68%) não acreditam que a economia brasileira se recupere ainda esse ano.

Realizada no período de 18 a 25 de junho, com 3 mil entrevistados em todas as cinco regiões do país, a segunda edição do Radar Febraban avaliou a evolução da expectativa dos brasileiros sobre os seguintes temas e apresenta um recorte regional: situação da economia e consumo; bancos; segurança e compartilhamento de dados; e meios de informação.

Permanece grande o número de brasileiros apreensivos em relação à economia do país e apontando dificuldades financeiras na sua vida e da sua família. Metade dos entrevistados (52%) não acreditam que a situação financeira pessoal se recupere ainda esse ano, enquanto 23% são mais otimistas – praticamente os mesmos percentuais do levantamento de março. Quanto à economia do país, o percentual de brasileiros preocupados permanece elevado, embora tenha ocorrido um recuo do pessimismo na comparação com a rodada anterior. Cerca de dois terços dos entrevistados (68%) não acreditam que a economia brasileira se recupere ainda esse ano – eram 75% em março. A expectativa de recuperação em 2021 cresceu para 13%, ante 9% no levantamento anterior. Apenas 13% acham que a economia brasileira tem chance de se recuperar ainda em 2021.

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Ainda predominam prognósticos desfavoráveis, mas houve melhoria da percepção sobre todos os aspectos econômicos avaliados, considerando os próximos seis meses, comparativamente à pesquisa anterior. Mais da metade da população (52%) acha que o desemprego vai aumentar (70%, antes), 73% apostam no crescimento da inflação/custo de vida (80%, antes) e 72% da taxa de juros (76%, antes).

Quanto ao acesso ao crédito das pessoas e das empresas, é maior o contingente que acredita em aumento (36%) do que em diminuição (26%), e para 33% vai ficar igual (esses percentuais eram 30%, 35% e 29%, respectivamente).

Para 48% dos entrevistados, o poder de compra das pessoas deve diminuir, ao passo que 25% preveem um aumento e 23% consideram que não sofrerá alteração. No levantamento anterior, eram 64%, 16% e 18%.

Sobre o futuro, caso a situação financeira melhore, cerca de um terço dos entrevistados deseja investir seus recursos extras em poupança (32%) ou outro tipo de investimento bancário (34%). Gastar com viagens é a opção de 29% dos entrevistados e para 27%, é mais interessante investir em imóveis. Destinar dinheiro extra para melhorar a sua educação e de seus familiares é opção de 26% das pessoas.

Opções como reformar casa ou comprar carro foram mencionadas, respectivamente, por 24% e 19% dos entrevistados. Menos de 1/5 cita a compra de eletrodoméstico e eletrônico (15%) e a contratação ou melhoria do plano de saúde (12%); a expectativa por investimento em seguros (carro, casa ou vida) é de 9% e em compra de moto é de 5%.

Comparativamente ao levantamento anterior, as expectativas avançaram em relação à maioria dos tipos de investimentos, exceto os relacionados ao plano de saúde (caiu de 17% para 12%). As principais variações no ranking de expectativas sobre investimentos se deram em relação a outros investimentos bancários diferentes da poupança (aumento de 7 pontos) e compra de carro (aumento de 8 pontos).

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