Pesquisa nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostra que a maioria do setor de alimentação fora do lar trabalhou sem lucro em outubro – foram ouvidos 3.190 empreendedores de todo o Brasil. O quadro é de estabilidade: segundo a pesquisa, 23% dos bares e restaurantes trabalharam com prejuízo no mês de outubro, índice quase estável em relação à pesquisa anterior – eram 24% em setembro. Outros 36% tiveram lucro e 41% ficaram em equilíbrio, números também estáveis.
Em relação ao faturamento, a pesquisa revela que para 41% dos entrevistados, o faturamento de outubro foi maior que o faturamento de outubro de 2022. Para 39% foi menor e 19% consideraram igual ao mesmo período do ano passado. Já na comparação com setembro de 2023, para 39% dos empresários, o faturamento de outubro foi maior. Para 32% foi menor e para 28% foi igual.
A pesquisa também abordou a questão do pagamento do 13º salário dos funcionários. A boa notícia é que a ampla maioria (81%) dos bares e restaurantes irá pagar o salário extra sem atraso, ou em duas parcelas (71%) ou em parcela única (10%). Apenas 14% terão alguma dificuldade para pagar o 13º no prazo.
O endividamento do setor ainda também é uma preocupação. Segundo a pesquisa, 39% dos estabelecimentos dizem ter dívidas em atraso. Dentre esses, 73% acumulam débitos relacionados a impostos federais, 48% impostos estaduais, 31% serviços públicos, 29% encargos trabalhistas e 25% devem taxas municipais.
Além disso, segundo a Abraseil, com a aproximação do final do ano, o setor de bares e restaurantes espera um cenário positivo nas vendas. A expectativa de lucro é impulsionada pelas festas de confraternização de empresas, já que a tradição das comemorações oferece aos proprietários de bares e restaurantes a perspectiva de alta no movimento durante o período. Estimativa aponta que a média de alta no faturamento no país será de 7% em relação ao mesmo período do ano passado.
A pesquisa mostra também que 35% dos empreendedores pretendem contratar funcionários para dar conta da demanda no final do ano. Para a entidade, é importante que as empresas também preparem análises pós-vendas, que podem auxiliar na avaliação do impacto das festas de confraternização corporativas e as preferências dos consumidores diante das opções oferecidas pelos estabelecimentos.
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