Mais da metade dos consumidores admite fazer compras na internet por impulso

E-commerce brasileiro deve movimentar R$ 400 bilhões em 2024 e projeta crescimento ainda maior para 2025

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E-commerce venda online / comércio eletrônico (Foto: Pixabay/CC)
E-commerce (foto Pixabay/CC)

De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise, 51% dos entrevistados admitem que às vezes fazem compras por impulso na internet e 9% sempre. Segundo os consumidores, as ações que mais estimulam as compras por impulso na internet são as notificações de ofertas de aplicativos de lojas (48%), seguido de e-mail com ofertas e promoções (42%), Instagram (37%) e WhatsApp recebido diretamente das lojas (35%).

Os produtos mais comprados por impulso pela internet são moda e vestuário (42%), itens para a casa (28%), cosméticos, perfumes, produtos de beleza (27%), comidas e bebidas por delivery (26%) e eletrônicos/informática (19%).

Entre as razões declaradas para as compras impulsivas, 46% disseram que acabam comprando após ver o produto em promoção, com preço mais baixo, 33% porque ficam navegando na loja e acabam gostando de produtos, 21% recebem ofertas de novos produtos/lançamentos e 16% ficam navegando no Instagram, Tik Tok e/ou Facebook, veem algo que gostam e acabam comprando.

Quando estão fazendo uma compra na internet e recebem ofertas para compra de produtos adicionais, 10% admitem que normalmente acabam comprando e 52% às vezes compram.

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“O consumidor deve ficar atento para não cair em tentação a cada clique. Sabemos que no período do Natal as pessoas fazem suas compras, mas é preciso cautela e saber utilizar a seu favor os mecanismos de busca para conseguir um bom preço e planejar as compras. O que não pode é ceder aos impulsos. Toda compra deve ser antes bem avaliada para não ultrapassar o orçamento”, alerta o presidente da CNDL, José César da Costa.

Ainda de acordo com os internautas, os canais mais utilizados para compras de produtos e serviços são os sites de lojas (82%), aplicativos de lojas (82%), supermercados (70%), shopping center (53%) e lojas de rua (53%).

A pesquisa mostra que os canais online são os mais considerados para busca de informação de produtos e serviços para compras (93%), com destaque para sites e aplicativos de lojas varejistas (31%), buscadores (29%) e os sites e aplicativos de comparação de preços e produtos (20%). Por sua vez, 32% utilizam os canais físicos, principalmente amigos e família (15%) e lojas de rua ou shopping (10%).

Mais da metade dos entrevistados (52%) pesquisam informações de produtos e serviços antes de ir as compras, para 36% não há uma rotina, depende do produto e situação e 12% quando estão na loja. Os consumidores (96%) também costumam fazer pesquisa de preço antes de definir uma compra pela internet, sendo que 47% utilizam os buscadores de informação, 44% sites e aplicativos de lojas varejistas, 39% sites e aplicativos de comparação de preço e funcionalidades dos produtos e 35% site/aplicativo do fabricante.

do o preço da loja física é diferente das lojas virtuais, 68% dos entrevistados propõem ao vendedor da loja física cobrir oferta, mas 33% não conseguem cobrir. Por outro lado, 35% cobrem a oferta, seja comprando pelo site e mandando entregar em casa sem custo de frete (16%), cobrindo a oferta com o mesmo desconto (13%) ou cobrindo a oferta com desconto ainda maior (7%).

De forma geral, as lojas físicas e os sites ou aplicativos empataram no que diz respeito à melhor experiência de compra. Sites e aplicativos são considerados nos melhores preços (76%), variedade de produtos (68%), horários de atendimento de vendas (64%), mais opções de formas de pagamento (55%) e maior facilidade para escolher produtos (53%). Já as lojas físicas se destacaram nos quesitos ligados a presença humana: facilidade da troca (65%), melhor atendimento (60%), melhor demonstração do produto (57%), facilidade na negociação de preço (56%) e pós-vendas (39%). As redes sociais continuam praticamente estáveis quando comparado ao ano passado, ainda não tendo relevância comparado aos outros canais.

Ainda segundo o estudo, 59% preferem o WhatsApp como canal de comunicação preferido para contato comercial com lojas e prestadores de serviços, seguido do “Fale Conosco” ou Chat da empresa (36%) e equipe de vendas presencial (28%).

Já a maioria (90%) gosta de receber comunicação online das empresas – seja por email, whatsapp ou mensagens, sendo que 66% gostam de receber informações sobre ofertas e promoções, 45% lançamentos de novos produtos ou serviços e 33% contato pós-venda.

No que diz respeito à experiência da compra multicanal, 73% se sentem frustrados quando não encontram as informações que precisam sobre as lojas físicas na internet, 65% costumam abrir emails que recebem de empresas com ofertas e promoções e 43% deixam salvo seus dados bancários e de cartões em lojas online para agilizar os pagamentos em compras futuras.

Já de acordo com dados da NielsenIQ, o comércio eletrônico no Brasil deve fechar 2024 com um faturamento impressionante de R$ 400 bilhões, e a expectativa para 2025 é ainda mais promissora, com crescimento projetado acima de 10% em setores como eletrônicos, beleza, alimentos e bebidas, e um avanço significativo de 20% no segmento de moda.

Segundo um estudo conduzido pela Biso em parceria com FRN³, Intelipost, Revi e Dinamize, 30% dos consumidores brasileiros priorizam a personalização da experiência como principal fator ao escolher onde comprar pela internet. Outros critérios decisivos incluem preço e promoções (25%), confiança na loja (20%), facilidade na jornada de compra (15%) e velocidade no atendimento (10%).

A logística também ganha destaque como um dos pilares estratégicos para 2025. Dados da pesquisa Opinion Box apontam que 73% dos consumidores consideram o frete grátis um fator decisivo para a compra, enquanto 61% buscam promoções relacionadas ao envio.

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