Mais de 188 mil empresas foram criadas em maio no Sudeste

Total nacional foi de 362.805 negócios com MEIs representando mais de 70% de novos empreendimentos

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Sob nova direção (Foto: J.C.Cardoso)
Sob nova direção (Foto: J.C.Cardoso)

Em maio deste ano, o Sudeste do país registrou 188.416 novos empreendimentos, segundo os dados do Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian. O destaque regional ficou com São Paulo, que teve a maioria das aberturas (111.572).

O Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian revelou que, em maio deste ano, 362.805 novos negócios passaram a existir no país. Dentre eles, os Microempreendedores Individuais (MEIs) representaram a fatia mais expressiva, de 264.407 (72,9%).

“Essa é uma natureza jurídica muito popular porque, além do custo reduzido para dar início ao empreendimento, outros fatores como declarações e tributos simplificados, incentivo às linhas de crédito e benefícios previdenciários, tornam a opção bastante atrativa para aqueles que estão começando no mundo dos negócios”, explica o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

“A análise por segmento mostrou que o de serviços foi o que mais registrou criação de empresas em maio (73,4%), seguido por comércio (19,3%).

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Na visão por unidades federativas, São Paulo liderou o ranking com 111.572 aberturas. Em segundo lugar, ficou Minas Gerais (38.362), seguido pelo Rio de Janeiro (30.456) e Paraná (25.605).

Já o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (Iode-PMEs) indica evolução de 13% da movimentação financeira média das pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras em julho de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, o índice apresenta crescimento de 5,6% frente ao mesmo período de 2023. A alta ocorreu de maneira disseminada, com maior destaque para os setores da indústria e comércio.

Para o economista Felipe Beraldi, gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, parte da diferença nos números se deve ao “efeito calendário”: foram 23 dias úteis em julho de 2024, contra 21 no mesmo mês de 2023.

“Para diversos segmentos do mercado de PMEs, isso resulta em um faturamento mensal mais robusto, tornando a comparação desbalanceada. Por isso, foi analisada, inclusive, a movimentação média diária de contas a receber das PMEs, que aponta para expansão de 3,2% frente ao mesmo período do ano anterior, ainda que mais contido do que a comparação entre os meses completos mensurada pelo Iode”, explica o economista.

O indicador avalia empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, divididas em 701 atividades econômicas que compõem quatro grandes setores: comércio, indústria, infraestrutura e serviços.

O comércio mostrou faturamento 19,4% maior em julho. Em 2023, o período registrou queda de 11,8%. O número foi puxado pelo atacado (24,2% ano a ano), mas também há sinais de recuperação das PMEs do varejo nos últimos meses (9,1%).

Já as pequenas e médias empresas da indústria apresentaram progresso de 18,5% no faturamento, mantendo a tendência positiva que se verifica no setor no ano como um todo. Em julho, o desempenho foi sustentado, especialmente, pelas atividades de impressão e reprodução de gravações, fabricação de móveis, fabricação de celulose, papel e produtos de papel e fabricação de máquinas e equipamentos.

No setor de serviços, as PMEs voltaram a mostrar boa performance em julho (6,2% ano a ano), após queda de 1,7% (ano a ano) no mês anterior. O resultado foi condicionado, especialmente, pelo avanço dos segmentos de atividades de entrega, atividades veterinárias, publicidade e pesquisa de mercado e alojamento e alimentação.

As PMEs do setor de infraestrutura também marcaram crescimento da movimentação financeira real (8,6% ano a ano em julho de 2024), após dois meses consecutivos no campo negativo, com destaque para os segmentos de serviços especializados para construção e coleta, tratamento e disposição de resíduos.

Beraldi ressalta o aquecimento do mercado como reflexo de alguns fundamentos da economia doméstica. Entre eles, a robustez do mercado de trabalho no país, com desemprego abaixo de 7% e avanço do rendimento médio real dos trabalhadores, o que sustenta a evolução do consumo.

“É possível considerar também efeitos do afrouxamento contido da política monetária – com a Selic em queda desde agosto do ano passado. O resultado positivo no faturamento das PMEs no início do terceiro trimestre confirma a visão de manutenção do crescimento do setor no decorrer do segundo semestre de 2024”, finaliza.

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