Em maio deste ano, no Brasil, do total de 826 mil tentativas de fraude, 69,4% das ocorrências foram detectadas por meio de inconsistências nos dados cadastrais proporcionados; em 24,4% foram indicados padrões fraudulentos associados à veracidade dos documentos e à validação biométrica dos clientes e em 6,2% foram identificados comportamentos suspeitos nos dispositivos, como, por exemplo, serem associados à fraude previamente.
Os dados são do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, que apontou que no mês, as camadas de proteção aplicadas durante autenticações de segurança evitaram mais de 395 mil tentativas de fraude no Sudeste do país. Em todo o Brasil, o número ultrapassou os 826 mil. São Paulo foi o estado com o maior número de tentativas evitadas (230 mil) e o Espírito Santo a unidade federativa com o menor percentual da região (14,6 mil).
A exemplo dos outros meses, bancos e cartões foi o setor em que houve mais registro de fraudes (54,1%) e telefonia o segmento com menor recorrência (1,8%). Em relação às idades, os cidadãos de 36 a 50 anos foram os que tiveram maior incidência das tentativas de fraude em maio (35,5%).
Os estados do Sul e Sudeste continuam com a maior concentração de tentativas de fraude. No detalhamento por variação anual, o indicador mostra que houve queda em praticamente todas as UFs, com destaque para Mato Grosso com a maior diminuição (-12,3%).
O indicador também trouxe a visão de que ocorreram 3.800 tentativas de fraude a cada milhão de habitantes no Brasil. No ranking por UFs, o DF liderou, seguido por Mato Grosso, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Já relatório da BioCatch mostra que os casos de malware usados para executar fraudes bancárias digitais mais do que dobraram na América Latina nos últimos 12 meses, custando às vítimas centenas de milhões de dólares.
A edição de 2024 do Digital Banking Fraud Trends in Latin America também mostra uma continuação da tendência de fraude em dispositivos roubados observada desde pelo menos 2018, como os casos relatados de fraude bancária digital em toda a região cresceram 32% no primeiro semestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023.
Ainda segundo o estudo, o Grandoreiro, trojan de malware bancário com sete anos de idade, continua retornando, tendo como alvo mais de 1.500 instituições financeiras no último ano – mais de 20% das quais estão localizadas na América Latina.
Chile e Colômbia já aprovaram leis que exigem que os bancos reembolsem determinados clientes vítimas de fraude, e o México e o Brasil parecem preparados para fazer o mesmo.