Mais de 80 países já solicitaram ajuda de emergência do FMI

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Está claro que entramos em uma recessão” que será pior do que em 2009 após a crise financeira global, disse a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, durante uma entrevista coletiva virtual, nesta sexta-feira, que foi replicada pela AFP.

A pandemia de coronavírus levou a economia mundial a uma recessão, e fundos maciços serão necessários para ajudar os países em desenvolvimento”, frisou a diretora. Mais de 80 países já solicitaram ajuda de emergência do FMI, a maioria deles de baixa renda.

Georgieva conversou com jornalistas após uma reunião virtual com o comitê diretor do FMI, com sede em Washington. Ela pediu ao comitê instrumentos de emergência de rápida implantação do Fundo, que atualmente estão no nível de US$ 50 bilhões. Ela disse que a estimativa atual para as necessidades financeiras gerais dos mercados emergentes é de US$ 2,5 trilhões, acrescentando que a estimativa “está no nível mais baixo”.

Os governos dos mercados emergentes, que sofreram uma fuga de capital de mais de US$ 83 bilhões nas últimas semanas, podem atender a muitas dessas necessidades, mas claramente não terão recursos suficientes, principalmente porque muitos estavam endividados antes da crise.

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Sabemos que suas próprias reservas e recursos internos não serão suficientes”, disse, acrescentando que o FMI pretende fortalecer sua resposta “para fazer mais, fazer melhor, fazer isso mais rápido do que nunca”.

A diretora-gerente do FMI saudou o pacote de cerca de US$ 2 trilhões de estímulo econômico dos Estados Unidos, aprovado pelo Senado. O presidente Donald Trump deve então promulgá-lo para que entre em vigor. "É absolutamente necessário proteger a maior economia do mundo de uma queda acentuada nas atividades econômicas", avaliou.

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