Mais de 9 milhões devem ir às compras de Natal na última hora

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Comércio em shopping (Foto: divulgação)
Comércio em shopping (Foto: divulgação)

Cerca de 9,3 milhões de consumidores deixarão para fazer as compras de Natal na última hora. É o que aponta levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com a Offer Wise Pesquisas. O dado corresponde a 9% dos consumidores que têm a intenção de fazer alguma compra na semana que antecede o Natal, número próximo aos 10% registrado no ano passado.

De acordo com a pesquisa, a expectativa por promoções (61%), que ajudam a economizar no orçamento, é a principal justificativa dos entrevistados para postergar as compras. Outros 15% destacaram a falta de tempo, enquanto 15% estão à espera do pagamento da segunda parcela do 13º salário. Há ainda 10% de entrevistados que culpam a preguiça de fazer compras, empurrando a tarefa para o limite da data comemorativa.

A pesquisa ainda mostra que a maior parte dos consumidores (40%) pretendia realizar as compras de Natal na primeira quinzena de dezembro, enquanto 33% esperava se organizar e garantir os presentes ao longo do mês de novembro.

Na avaliação do presidente da CNDL, José César da Costa, o consumidor deve ficar atento esse ano aos riscos de ocorrerem aglomerações. “Esse é um ano atípico. Diante da pandemia da Covid-19, as aglomerações devem ser evitadas”, orienta José César.

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O dirigente também chama atenção para o fato de que lojas muito cheias dificultam as negociações e a pesquisa de preços. “O recomendado é se organizar, preparar uma lista de todos os presentes, estipular um teto de gastos e só levar para as compras o dinheiro disponível. Isso ajuda a evitar que o consumidor gaste além do valor previsto”.

“Para quem deixou para a última hora, é importante saber que muitas lojas on-line já não conseguem entregar o produto antes do Natal, então este consumidor deve se atentar ao prazo de entrega antes de realizar suas compras, e pode precisar recorrer às lojas físicas. A dica para quem ainda não garantiu os presentes é analisar o orçamento e dar preferência para ir ao comércio em horários com menos fluxo de pessoas. Esse ano temos a grande preocupação de evitar aglomerações e filas, que podem trazer riscos à saúde da população”, alerta o presidente da CNDL.

Outro levantamento, do Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas-SP), entrevistou empresários do comércio, levantou os dados de como foi a Black Friday e traçou um panorama de como estão sendo as vendas de Natal desse ano e a perspectiva para 2021. A primeira informação que a pesquisa traz é que a Black Friday ficou bem atrás em faturamento quando comparada ao ano de 2019. Para 43% dos lojistas, as vendas pioraram em 2020. Para 18% as vendas foram similares nos dois períodos; e 8% relataram que houve melhoria nas vendas. Dos que responderam ao estudo, 31% afirmaram que não participam dessa data promocional.

Sobre o Natal, ainda considerada a principal data do comércio brasileiro, 53% dos comerciantes acreditam que as vendas ficarão inferiores ao período de 2019. Para 33% o faturamento permanecerá igual e 14% estão otimistas, acreditando que as vendas melhorarão. Durante a aplicação da pesquisa, houve o retrocesso da cidade de São Paulo para a Fase Amarela do Plano SP e, com isso, a redução de horas em que o comércio poderia permanecer aberto (que foi reestabelecida para 12 horas diárias). Ainda assim, 65% dos lojistas não acreditavam que isso faria diferença nos resultados, contra 24% que se sentiram prejudicados e 12% que complementariam as vendas pela internet.

Quando questionados sobre as vendas em geral no ano de 2020, 63% afirmaram que pioraram, 27% que permanecem iguais e 10% que melhoraram.

Para o próximo ano, os ânimos estão melhores. Para 74% dos entrevistados, as vendas serão melhores do que em 2020. Mas 12% acreditam que serão ainda piores do que no ano corrente. 8 % acham que serão similares à 2020 e 6% não souberam responder.

A pesquisa foi aplicada entre os dias 3 e 15 de dezembro e ouviu 105 empresas. 47% das empresas que responderam à pesquisa são do segmento de vestuário e acessórios; 13% de cosméticos, perfumaria e higiene pessoal; 8% de utilidades domésticas e produtos de limpeza; 8% de móveis e colchoaria; 7% de relojoarias e souvenires, 5% de departamentos e magazines; 5% de tecidos e armarinhos; 4% de artigos esportivos, de caça, pesca e camping; 2% de petshops e 1% de brinquedos e artigos recreativos. Das lojas, 77% estão localizadas no comércio de rua, 13% em shopping centers, 3% em galerias e 7% delas em mais de um desses locais.

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