Pesquisa do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (Sindilojas-Rio) mostra que é de 95% o número de lojas físicas que pretendem participar da Black Friday, 15% mais do que no ano passado. Mais de 88% dos 350 lojistas entrevistados acreditam que a promoção possa incrementar as vendas em até 8%, com oferecimento de descontos entre 30% a 50%. Os números mostram que a Black Friday deixou de ser restrita comércio eletrônico e também foi adotada pelas lojas físicas tanto as de rua como as de shopping.
Os lojistas acreditam que eletrodomésticos, eletrônicos/informática, smartphones, moda, calçados (especialmente tênis) e artigos para casa e decoração serão os produtos mais procurados.
Segundo a pesquisa, os lojistas também estimam que o preço médio dos presentes por pessoa deve ser entre R$ 150 e R$ 350 e que os clientes deverão utilizar o cartão de crédito parcelado como forma de pagamento, seguido do cartão de débito, Pix, dinheiro e a prazo pelo crediário.
De acordo com Aldo Gonçalves, presidente do CDL-Rio e do Sindilojas-Rio, o resultado das vendas de alguns produtos da promoção no ano passado igualou-se em vários casos às vendas natalinas e a antecipação da data também é uma forma de atrair clientes em tempos de crise.
“Numa época de dificuldade para o comércio, a Black Friday pode representar uma boa ferramenta de marketing e uma excelente oportunidade para oferecer promoções. Mas, devido à proximidade com o Natal, há um certo risco de afetar as vendas de fim de ano, de tal modo que os descontos estimulem os consumidores a anteciparem suas compras das festas natalinas. Caberá a cada lojista avaliar e dosar os preços promocionais, dependendo do seu segmento e do seu público-alvo, de forma a obter bons resultados sem prejudicar o movimento nas lojas no período natalino”, conclui Aldo.
Já levantamento realizado pela Trigg mostra que 75% dos consumidores vão gastar mais de R$ 1 mil e o foco são eletrônicos e eletrodomésticos. O estudo foi apurado entre os dias 27 de setembro e 4 de outubro. Com os resultados é possível perceber que as pessoas vão comprar e gastar mais em relação à data no ano passado.
No levantamento feito no ano anterior, 49% pretendiam gastar mais na Black Friday 2021 em relação à de 2020. Esse ano, o mesmo comparativo cresceu para 67%. Da mesma forma com o valor gasto, em que 67,8% gastaria mais de R$ 1.000. E desses, 30,2% mais de R$ 3 mil na do ano passado. Para 2022, a pretensão de 75% é gastar mais de R$ 1.000. Desses, 22,59%, mais de R$ 3 mil e 16,35%, mais de R$ 5 mil.
A pesquisa também mostra que na lista de desejo da maioria dos consumidores, 72%, estão os eletrônicos (42%) e eletrodomésticos (30%). Roupas e Casa & decoração vêm em terceiro e quarto lugar, respectivamente.
Assim como em 2021, as compras virtuais são a opção da maioria, 71%, um aumento de quase 5% em relação ao ano passado. O frete mais barato ou grátis e o maior parcelamento sem juros continuam sendo o principal influenciador na hora de fazer as compras pela internet.
Para ter acesso às melhores oportunidades, 52% acompanham pelos sites oficiais das lojas que querem comprar na Black Friday e 24% por sites especializados em descontos como Zoom, Buscapé, Busca Descontos etc. 12% acompanham pelas redes sociais.
Como forma de pagamento para esse grande volume de vendas, o cartão de crédito continua sendo o primeiro dos meios de pagamento, como principal escolha de 96,7% dos brasileiros, seguido pelo Pix (1,40%) e cartão de débito (0,99%).