Pesquisa da Edelman mostra que a população deseja que os governos regulamentem mais (opção de 48% dos entrevistados). E 22% acham que deve ficar como está enquanto 19%, defende a redução da regulação. Por país, 37% dos estadunidenses acham que os governos deveriam regulamentar mais, opção de 54% dos argentinos, 52% dos brasileiros, 44% dos alemães, 47% dos franceses, 59% dos russos, 48% dos ingleses e – claro – 75% dos chineses.
Regular o quê, ou quem
A pesquisa parece estar em conflito com o Barômetro de Confiança 2012, da mesma Edelman, que mostra o maior declínio na confiança nos governos em todas as edições da enquete, realizada desde 2007. Mas é apenas uma primeira impressão. Olhando o Barômetro com mais calma, vê-se que a opinião captada da população em 25 países pesquisados caminha na direção do descrédito com os dirigentes das grandes corporações e na contínua perda de confiança no setor financeiro – entende-se então o que representa “mais regulação”.
A desconfiança nos governos cresceu especialmente entre os países mais desenvolvidos – examinando a situação dos EUA e da Europa, não é difícil entender porquê. Mas em grande queda está também a confiança nos líderes das empresas (CEOs), que voltou aos níveis de 2009. Por setores, as empresas de tecnologia são as mais “confiáveis” (79% dos entrevistados), enquanto na parte mais baixa da tabela estão bancos e serviços financeiros (47% e 45%, respectivamente). Em países como França, Alemanha e Espanha, a confiança no setor financeiro desabou de 2011 para 2012. De 52% para 20%, no primeiro; de 32% para 14%, no segundo. Entre os espanhóis, o índice caiu de 45% para 29%.
E, aí, Alckmin?
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) protocolou, quarta-feira, pedido de informações ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sobre as denúncias de violações de direitos humanos praticadas pela PM na desocupação de Pinheirinhos. O parlamentar participou, esta semana, de audiência pública que lotou o plenário da Assembléia Legislativa de São Paulo que debate o tema.
Sustentável
As empresas e instituições que têm iniciativas sustentáveis em execução há três anos, no mínimo, podem se inscrever na edição nacional do Green Project Awards (GPA), uma certificação de reconhecimento internacional. A candidatura a uma das quatro categorias do prêmio deve ser feita pelo site www.gpabrasil.com.br/formularios/ até 30 de março. As indústrias podem indicar seus projetos na modalidade de produtos e serviços, nas áreas de desenvolvimento social, ambiental, economia e ética. O julgamento dos projetos nesta categoria caberá à Confederação Nacional da Indústria (CNI). As outras três são iniciativa jovem, pesquisa e desenvolvimento e campanha de mobilização.
Gestão
O Departamento de Sociologia e Política da PUC-RJ abriu inscrições para mais uma edição do mestrado latu sensu em Gestão Governamental e Avaliação de Políticas Sociais. As aulas têm início em 20 de março. “A proposta é refletir sobre a atuação governamental e elaboração, implementação e avaliação das políticas sociais, contribuindo para a formação e a atuação qualificada de gestores públicos, terceiro setor e empresas com ações em responsabilidade social”, explica o coordenador do curso, Ricardo Ismael.
As inscrições vão até 2 de março. Informações no endereço www.cce.puc rio.br ou pelo telefone 08009709556.
Antes que acabe
Ao participar da posse da nova diretoria da Associação de Engenheiros da Petrobras (Aepet), o engenheiro Ildo Sauer, professor da Universidade de São Paulo (USP), chamou a atenção para a importância de o Brasil investir desde já nas alternativas ao petróleo, mesmo que este recurso natural não acabe nas próximas décadas: “A idade da pedra não acabou por falta de pedra”, comparou.
Aquecimento gelado
Contrariando os que anunciam que o fim dos tempos virá pelo aquecimento global, esta semana, na Catalunha, na Espanha, 260 mil alunos tiveram as aulas suspensas devido à onda de frio que se abate sobre o país. A Espanha registra temperatura de até 14,5 graus negativos, a terceira menor desde 1956.