Analisando a tabela do Tesouro Nacional, a Auditoria Cidadã da Dívida verificou que no último dia útil de junho foram emitidos quase R$ 5 bilhões em títulos da dívida pública, “que pagarão juros de 12,2% ao ano em média, ou seja, bem mais que a já absurda taxa Selic”, contabiliza o economista Rodrigo Ávila.
Perde e ganha
Os médios e pequenos fabricantes de refrigerantes no Brasil estão se sentindo injustiçados pelo Sistema de Controle de Bebidas (Sicobe), que instituiu a cobrança de R$ 0,03 por unidade de bebidas envasadas, independentemente do volume e do preço da embalagem. O tema será submetido a audiência pública, no próximo dia 13, na Comissão de Finanças e Tributação, da Câmara dos Deputados.
Com a manutenção dos R$ 0,03 por unidade produzida, a seguridade social perderá R$ 1,2 bilhão de arrecadação, uma vez que os valores pagos à Casa da Moeda serão ressarcidos nas contribuições do PIS e da Cofins. “Quem perderá com essa sistemática é a sociedade brasileira, pois o seguro desemprego, o auxilio doença, dentre outros benefícios sociais serão subtraídos através da compensação”, denuncia a associação que reúne os pequenos fabricantes (Afrebras).
“A possível solução que se está desenhando é o aumento da carga tributária para as empresas, mantendo os valores exorbitantes para a Casa da Moeda e para a empresa multinacional que presta serviço do sistema”, afirma Fernando Rodrigues de Bairros, presidente da Afrebras.
Eldorado
Para se avaliar o crescimento da presença dos países emergentes no setor de seguros nos últimos anos, o consultor Francisco Galiza, da Rating de Seguros (www.ratingdeseguros.com.br), apresenta alguns números: desde 1990, a taxa média de crescimento do faturamento de seguros (Vida e Não Vida) dos países industrializados foi de 2,7% ao ano. Nos países emergentes (China, Brasil, Índia etc.), foi de 10,3%.
Com todo o gás
O projeto de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) da Petrobras foi apontado pela consultoria KPMG como destaque de infra-estrutura no mundo. O levantamento relaciona 100 projetos globais, sendo seis deles no Brasil. A regaseificação é realizada a bordo de navios no Ceará e no Rio de Janeiro. Em operação desde janeiro de 2009, os terminais têm, juntos, capacidade para processar 21 milhões de m³/dia de gás natural.
“O projeto fornece uma alternativa viável economicamente para conectar facilidades de regaseificação ao mercado”, explica o documento da KPMG.
Sonho veloz
Do Brasil aparecem ainda o complexo hidrelétrico do Rio Madeira, o Rodoanel Oeste de São Paulo, uma PPP de prisão em Pernambuco, a Cidade Administrativa de Minas Gerais e o trem de alta velocidade (TAV) entre Rio e São Paulo – este, por enquanto, apenas um sonho, mas que ficou entre os dez destaques da pesquisa da KPMG.
Novos sócios
Contrariando esta coluna – o que só comprova que futebol não se sujeita a palpites da área econômica – a Copa do Mundo, diferentemente do que acontecia desde 1954 – com a exceção das vitórias caseiras de Inglaterra (1966) e França (1998) – terá como campeão uma seleção (Holanda ou Espanha) que não pertence ao clube do Baia (Brasil, Argentina, Itália e Alemanha).
Espantos
As águas que caíram sobre o Rio de Janeiro no início de abril, embora fossem de março, causam menos espanto pela troca de calendário do que por algumas das consequências administrativas. Apenas agora, quase três meses depois do aguaceiro, a Prefeitura carioca colocou avisos em alguns acessos informando sobre o trecho do caminho interditado até o Cristo Redentor.
Novo país
A Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet) estima que o pré-sal demandará o trabalho de 100 mil engenheiros no país.