Malhas Teda projeta crescer 30% até 2026

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CEO da Malhas Teda e suas filhas (foto: divulgação)

A indústria brasileira Malhas Teda, fabricante de moda, praia, lingerie e esportivo, projeta avanço de 30% até 2026. A meta de crescimento é atingir R$ 70 milhões de faturamento bruto ao ano. Em 2024, o faturamento de todo o setor industrial brasileiro foi de R$ 203 bilhões.

Fator determinante para viabilizar esse crescimento é o investimento em infraestrutura e tecnologia. A empresa recebeu uma injeção de capital do fundo XR Advisor há cerca de seis meses, mas continua sendo uma empresa privada. Não está listada na bolsa de valores e as ações não são negociadas publicamente.

A empresa traçou um plano de crescimento progressivo, estimando uma expansão de 15% em 2025 e mais 15% em 2026. Porém, atingir essa marca vem requisitando remédios “desafiadores” para o fundador e atual CEO, José Eduardo Tedesco. Há 40 anos ele fundou sua empresa, comprou o primeiro tear – hoje são mais de 60 unidades na planta do interior – e vem cuidando pessoalmente da operação e dos clientes.

O setor industrial brasileiro enfrenta desafios constantes, e a indústria têxtil não é exceção, mesmo diante do se manter relevante diante do consumidor não é apenas questão de economia, mas requer a adoção de estratégias dinâmicas e adaptáveis para entender as necessidades de ajustes na operação. Com essa visão, a Malhas Teda, que fica na pequena Santa Barbara D’Oeste, em São Paulo, tem passado por um processo de transformação desde o último ano.

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Há cerca de um ano decidiu promover um movimento que muitas empresas evitam: invés de “passar o bastão” para suas filhas – Rafaela e Isabela Tedesco -, ele decidiu compartilhar a gestão da empresa e assim criar uma tríplice gestão.

“Combinar experiência, com uma visão moderna, que inclui a adoção de novas estratégias, é fundamental para se manter vivo e ampliar a nossa base de clientes”, explica o CEO. A nova estrutura administrativa capitaliza as competências individuais de cada membro da família: Rafaela é empreendedora nata, Isabela é diretora criativa e José Eduardo é um profundo conhecedor da operação e do mercado.

Com os três elementos vitais em conjunto, eles já conseguiram passar pelas duas primeiras barreiras: equacionar e respeitar as visões divergentes e equilibrar as contas da empresa no último ano. “Para isso, a gente teve que revisitar alguns processos, competências e profissionais que tínhamos em casa. E com isso, começamos as mudanças”, detalha Rafaela.

Linha de produção

Um dos pilares desse novo ciclo de crescimento tem sido a redefinição das linhas produtivas mais rentáveis e a antecipação das tendências de consumo. “Isso nos auxilia a otimizar investimentos e posiciona a empresa de forma mais assertiva. Pesquisas e análises profundas de mercado passaram a ser o dia a dia da empresa”, complementa Isabela que cuida da área criativa e de desenvolvimento. Além disso, a digitalização da operação e a estratégia de aproximação direta com o consumidor final figuram entre as prioridades da nova gestão.

Segundo o CEO da XR, Rodolfo Oliveira, “a história da Teda não pode ser desconsiderada e auxiliar uma empresa familiar a retomar a rota do crescimento é motivo de satisfação. Na XR, a gente adota a estratégia do smart money, em que o dinheiro deve vir sempre com conhecimentos que a empresa precisa e entendemos que temos a contribuir para esse avanço, organizando a governança da empresa, direcionando investimentos e auxiliando o empresário a ter uma visão clara e precisa”.

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