Manhã em tom positivo para as Bolsas

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Dólar
Dólar (Foto: divulgação)

Manhã em tom positivo para as Bolsas, com os investidores otimistas com a aprovação do acordo para elevação do teto da dívida americana, além de dados positivos no Japão e na Espanha, após sessão com liquidez reduzida ontem. O rali de tecnologia segue, com o Nasdaq nas máximas desde abril de 2022, apoiado pelo recuo nos juros, com a ponta curta liderando as quedas. Dólar opera com viés altista ante emergentes, com a lira turca em nova mínima histórica, em meio à queda generalizada nas commodities, com soja e trigo em suportes importantes. Por aqui, agenda com destaque para o IGP-M, que deve seguir bem negativo, em meio à tramitação do arcabouço fiscal no Senado. A abertura deve ser em tom mais ameno, com o Ibovespa sentindo a derrapada nas commodities, o dólar com viés de alta, em linha com os pares, enquanto, na curva de juros, há espaço para quedas, apesar do leilão de pós-fixados do TN.

Na Ásia, o clima de otimismo com a resolução em Washington segue impulsionando as Bolsas, que fecharam em alta, com ações cíclicas liderando as altas, após a Toyota reportar aumento das vendas globais. No Japão, a taxa de desemprego caiu de 2,8% para 2,6% (ante expectativa de 2,7%) em abril de 2023. Hoje, produção industrial da Coreia (de abril) às 20h, produção industrial (idem) e vendas no varejo do Japão (do mesmo mês) às 20h50, CPI da Austrália (de abril) e PMIs da China (de maio) às 22h30.

Europa: Bolsas operam mistas, apesar da rodada de dados positivos, com os bancos segurando os índices. Na Suécia, PIB acima da prévia (prévia 0,2%), crescendo 0,2% (0,8% a/a) no 1T23. Na Suíça PIB acima do consenso (ante expectativa de 0,1%), avançando 0,3% (0,6% a/a) no 1T23. Na Espanha, as vendas no varejo caíram 2,5% em abril de 2023, alta interanual de 5,5% (ante expectativa de 0,7% a/a). O HICP deflacionou 0,2% em maio, acumulando 2,9% (ante expectativa de 3,4% a/a) em 12 meses, mínima desde julho de 2021. Pablo Hernández de Cos (BdE, o BC espanhol) afirmou que o BCE está próximo do fim do ciclo de alta de juros, apesar de reconhecer que é necessário fazer mais. O premiê espanhol Pedro Sánchez anunciou que vai dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas, após o PP, de direita, sair vencedor das eleições regionais no domingo. Hoje, índices de confiança da Zona do Euro (maio) às 6h. Robert Holzmann (OeNB) fala às 10h, Mario Centeno (BCE) às 10h30 e François Villeroy de Galhau (Banque de France) às 12h45.

Nos EUA, após sessão com pouco volume ontem, futuros sobem, apoiados pelo clima de otimismo com a aprovação da ampliação do teto da dívida. Na agenda, preços de imóveis (de abril) da FHFA e da Case-Shiller às 10h, confiança do consumidor da Conference Board (maio) às 11h e índice industrial do Fed Dallas (maio) às 11h30. Tom Barkin (Fed Richmond, não vota) fala às 14h. Leilão de T-Bills (de três e seis meses) às 12h30.

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Aqui no Brasil, dia negativo para o mercado local, apesar da alta nas commodities e do acordo para elevação da dívida americana, em meio à liquidez reduzida, a alta das taxas de juros locais pesou sobre o Ibovespa, que fechou aos 110.333 pontos (-0,52%), com Eletrobras e Vale liderando as perdas no índice. A manutenção das expectativas de IPCA e taxa Selic no boletim Focus reduziu o otimismo nas apostas de corte em agosto, com a curva de DI futuro fechando em alta, com os vértices curtos liderando as altas. A liquidez reduzida e a briga pela PTAX mensal fizeram o câmbio terminar a sessão em alta, com o dólar fechando em R$ 5,01 (0,48%).

A dívida pública atingiu R$ 6,03 tri (59,6% do PIB) em maio, um avanço de 2,4% (3,6% a/a real) na margem, com o prazo médio seguindo em quatro anos e o custo médio em 11,7% a.a. A piora na situação dos estoques dos setores de bens duráveis e semiduráveis fez a confiança da indústria da FGV cair de 94,5 para 92,9 pontos (-6,8% a/a) em maio. Relatório Focus (do último dia 26): no IPCA, queda de 5,80% para 5,71% (2023), seguindo em 4,13% (2024) e em 4% (2025). No PIB, alta de 1,20% para 1,26% (2023), seguindo em 1,30% (2024) e em 1,70% (2025). Na taxa Selic, estáveis em 12,50% (2023), em 10,0% (2024) e em 9,0% (2025). Na agenda, sondagem da construção (maio) e IGP-M (maio) às 8h, nota de crédito (de abril) às 8h30, leilão do TN (LFT e NTN-B) às 11h30 e superávit do governo (de abril) às 14h30.

Ótima terça-feira!

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Nicolas Borsoi

Economista-chefe da Nova Futura Investimentos

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