Manifestantes protestam contra “pacote de maldades” de Pezão

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Milhares de servidores protestam hoje em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no Centro, contra o pacote de cortes do governo do estado, que terá duas medidas votadas à tarde. Eles criticam as grades colocadas no entorno da assembleia e colocaram uma guarita com um policial de vigia, comparando a Alerj a uma penitenciária.
Além da guarita, os manifestantes puseram uma faixa de “inauguração do presídio” com os dizeres: “o presídio para políticos inimigos do povo – Alerj 1”. O ato é para protestar contra o pacote de medidas, que incluía em sua primeira versão a redução de até 30% dos salários dos servidores. O governo estadual manteve os cortes de 9 mil benefícios de aluguel social, de restaurantes populares e a extinção de órgãos públicos.
Ao anunciar as medidas, no último dia 4, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) disse que elas são fundamentais para evitar a demissão de servidores e recuperar o equilíbrio fiscal. Caso não sejam implementadas, a previsão é de um déficit de R$ 52 bilhões até dezembro de 2018 para o governo do estado.
Agora à tarde, serão votadas pela Alerj, a partir das 15h, duas das 21 medidas – o corte de 30% dos salários do governador, vice-governador, de secretários e subsecretários estaduais e a redução do limite para pagamento de dívidas de pequeno valor no estado.
Dezenas de policiais da Força Nacional foram convocados emergencialmente para garantir a segirança. Na semana passada, a assembleia chegou a ser depredada em um protesto. Hoje, para evitar invasões, os próprios servidores organizaram um cordão de isolamento antes das grades.
Policiais militares, civis e bombeiros participam do ato que começou às 10h e conta com a adesão de várias categorias, como servidores da Justiça e educação.

Governador diz que violência não mudará debate sobre pacote
Luiz Fernando Pezão disse que a violência não trará benefício ao debate sobre a crise financeira do estado e pediu que manifestantes levem ideias e não violência à Alerj, onde estão sendo discutidas medidas propostas pelo governo do estado para enfrentar a crise.
Manifestantes foram impedidos de entrar no prédio da Alerj hoje de manhã por forças de segurança. O palácio está cercado por grades e vigiado por policiais.
– Que essas pessoas que estão indo lá com violência, que levem ideias para dentro do Parlamento, para a gente resolver a crise, que não é no Rio de janeiro, é a crise no Brasil – disse o governador.
Entre as propostas do pacote fiscal do governo do Rio estão o corte de programas como o aluguel social e os restaurantes populares, além do aumento de contribuições previdenciárias, inclusive para aposentados.
Pezão defendeu as medidas e disse que elas buscam dar previsibilidade à folha de pagamento do estado, que, segundo ele, ainda não está garantida para os próximos dois anos. Pezão disse que só há dinheiro para pagar 10 meses de salários dos servidores ativos e inativos nos próximos dois anos.

Com informações da Agência Brasil

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