Ao prever que a reeleição de Lula é quase favas contadas, o jornalista Carlos Heitor Cony, definiu, na sua coluna de terça-feira, na Folha de São Paulo, como seria o perfil da sua segunda presidência: “Um ditador eleito democraticamente e aceitando críticas, esculhambações até do Ronaldo, e contestações, mas confiante em que o povão o aprova e o admira pelo que é e pelo que não é. Um ditador que achou o mapa da mina: torça pelo Corinthians, beba sua pinga, fale mal dos ricos e deixe o país se danar.”
Otimismo latino
A primeira edição do Latin America Business Monitor (LABM), pesquisa feita com 500 executivos de pequenas e médias empresas para a companhia de entregas expressas UPS, identificando as oportunidades e os desafios para os negócios da região, mostra um quadro otimista para 2006 e 2007. Aproximadamente três quartos (72%) dizem que o crescimento do Brasil será o mais expressivo e existe expectativa de prosperidade para a Argentina (65%) e o Chile (64%). O estudo também relata que 96% dos participantes pesquisados acreditam que o Lazer & Turismo, assim como TI & Telecomunicações, serão os dois setores com o maior impacto na América Latina nos próximos anos. A construção também seria destaque, de acordo com 94% das pequenas e médias empresas da região e aproximadamente 99% dos entrevistados brasileiros.
Empregadores
Em relação às suas próprias empresas, os líderes empresariais são ainda mais entusiasmados. Ampla maioria (74%) afirma que as tendências de crescimento em suas companhias nos últimos 12 meses se repetirão no próximo ano. Mais da metade (53%) relatam planos de contratar mais funcionários. No Brasil, 76% dos entrevistados dizem acreditar que a situação de sua empresa melhorará nesse período.
A pesquisa foi realizada em cinco países latino-americanos (Brasil, México, Argentina, Costa Rica e República Dominicana); em companhias com menos de 200 trabalhadores; 60% das empresas pesquisadas são exportadoras. Segundo a UPS, esse tipo de empresa é responsável por aproximadamente 20% a 40% dos empregos gerados na região.
Meca
Os executivos entrevistados pelo LABM da UPS também prevêem um aumento no comércio internacional: 72% esperam um crescimento comercial com a China, seguido de perto pela Europa (68%) e, em menor escala, pelos Estados Unidos (65%) e pelo restante da América Latina (61%). A maior parte dos empresários brasileiros entrevistados (65%) espera aumentar seu comércio com a China.
A implementação de acordos de livre comércio dentro da América Latina é considerada importante para sustentar a prosperidade econômica da região, de acordo com 92% dos líderes empresariais entrevistados. Enquanto um número significativamente menor (83%) indica a necessidade de pactos similares entre a região e os Estados Unidos.
Copa
Oito em cada dez empresas disseram que vão permitir que seus funcionários acompanhem as partidas mais importantes da Copa do Mundo. Quase dois terços (61%) disseram que instalariam aparelhos de TV no escritório e um terço (32%) permitirão que os empregados acompanhem os jogos pela Internet ou pelo rádio durante o expediente. E a maioria dos executivos entrevistados (54%) crava o Brasil como favorito à taça do mundo.
Mais baratos
Reduzir os preços das matérias-primas para a produção de anti-retrovirais (ARV) e dos próprios medicamentos para tratamento da Aids é o objetivo de acordo entre o Ministério da Saúde e a Fundação Clinton, assinado ano passado e que será ratificado nesta sexta-feira, quando o diretor da Farmanguinhos – fábrica de medicamentos da Fiocruz – Eduardo de Azeredo Costa participa de rodada de discussões acerca do fornecimento internacional de drogas contra a Aids. A fundação dará apoio técnico ao governo brasileiro. O acordo também prevê que o Brasil poderá adquirir testes de diagnóstico e de monitoramento.
Ponto de leitura
A Câmara de Vereadores de Fortaleza aprovou, por unanimidade, esta semana, projeto propondo a criação do programa “Terminal de Leitura”, que consistiria no funcionamento de bibliotecas nos terminais de ônibus da cidade, em espaço reservado e climatizado, com acervo de livros e monitores para orientar o público. Como a Câmara não tem poder para legislar sobre a matéria, para ele seja efetivado precisa ser sancionado pela prefeita Luizianne Lins (PT) para entrar em vigor.