Pelo menos uma distribuidora de energia reuniu seus empregados de gerência e chefia, ano passado, para orientá-los a, como diriam técnicos retranqueiros de futebol, “jogar de acordo com o regulamento”. No lugar de lançar a substituição de um transformador danificado na rubrica “manutenção”, eles foram orientados a incluir a troca num “projeto de ampliação da rede”. Com a mudança, o gasto passa a ser tratado como investimento nas contas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), garantindo à concessionária um reajuste de tarifas superior àquele que seria realmente devido.
Braços cruzados
Os trabalhadores federais participam nesta terça-feira do Dia Nacional de Luta dos servidores. O movimento unificado – participam 32 entidades federais – reivindica um índice de reposição emergencial e luta pela paridade entre ativos, aposentados e pensionistas; definição de data-base e retirada do PLP 549/09, do PL 248/98, do PL 92/07 e outros projetos que os funcionários públicos consideram prejudiciais. Algumas entidades aprovaram paralisar as atividades.
A tolerância de FH
Em seu discurso de louvação ao impopular governo FH, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, destacou uma suposta tolerância do tucano quando no poder em contraponto aos que identificou como “intolerantes por insegurança”. Certamente, Jobim, como ex-ministro também de FH, sofreu “um apagamento”, que o impediu de recordar-se que este, a despeito de, hoje, ser caracterizado como cândido e bonachão, começou sua gestão, em 1995, ordenando a ocupação de refinarias da Petrobras por tanques do Exército. Isso depois de provocar os petroleiros com o não cumprimento de acordo salarial assinado no Governo Itamar Franco, para empurrá-los para a greve e facilitar a campanha pró fim do monopólio estatal do petróleo.
Forte&fraco
Na verdade, como lembrou, à época do interminável Governo FH, o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos: “FH é forte com os fracos e fraco com os fortes”.
Rumo das corporações
Acontece nestas quarta e quinta-feira, na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), o Congresso Nacional de Gestão Corporativa. Participam pesos-pesados como Giancarlo Greco, presidente da American Express; Paulo Barros, presidente da Unimed Paulistana; Eugênio Velasques, diretor-executivo do Bradesco Vida e Previdência; Wagner Pinheiro, presidente dos Correios; Nívea Morato, diretora-geral de marketing da Citröen; Carlos Werner, diretor de Marketing Corporativo para a América Latina da Samsung; Bento Zanini, vice-presidente da Mapfre Seguros; entre outros.
Entre os temas a serem debatidos nos painéis, destacam-se as oportunidades e desenvolvimento com a realização da Copa do Mundo de 2014, a nova economia brasileira e seus reflexos nas organizações, e o “apagão de mão-de-obra qualificada”. Mais informações e inscrições: www.congressocorporativo.com.br
Rumo dos individuais
Balanço de dois anos do Empreendedor Individual (EI) mostra Duque de Caxias (Baixada Fluminense) como o primeiro município brasileiro em número de inscritos no programa, com exceção das capitais. A cidade aparece em 13º lugar, com 9.098 cadastros; seguido por Guarulhos (SP) em 15º, com 9.018 adesões; Campinas (SP) em 17º, com 8.587; São Gonçalo (RJ) em- 18º, com 8.326; e Feira de Santana (BA) em 19º, com 7.153. Incluindo as capitais, a liderança é de São Paulo (88.291), vindo em seguir Rio de Janeiro (63.946), Salvador (40.517), Belo Horizonte (24.393) e Brasília (24.169).
O objetivo do programa, lançado há dois anos, é trazer para o mercado formal aqueles que trabalham por conta própria e contam com faturamento máximo de R$ 36 mil por ano. A meta do governo é registrar 1,5 milhão de trabalhadores até o final do ano. O custo mensal fixo é de 5% do salário mínimo (R$ 27,25), destinado à Previdência Social, mais R$ 1,00 a título de ICMS ou R$ 5, de ISS.
Diálogo
O novo líder do Governo Dilma no Congresso é, sob certos ângulos, a cara do ator norte-americano Sylvester Stallone. Espera-se que a semelhança com o criador de Rambo e Rocky fique por aí.