Odebrecht condenado por cartel e propina

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Sentença atinge ex-diretores da Petrobras, mas Moro não alcança governo

O juiz federal Sérgio Moro disse que as investigações da Operação Lava Jato comprovaram que a empreiteira Odebrecht pagou US$ 14,3 milhões e mais 1,9 milhão de francos suíços aos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Pedro Barusco, em contas no exterior, entre 2007 e 2011.
A conclusão consta da sentença na qual o juiz condenou o empresário Marcelo Odebrecht a mais de 19 anos de prisão. Também foram condenados três ex-executivos da empreiteira. Segundo Moro, a construtora participou do esquema de cartel de licitações da Petrobras e destinou um percentual dos valores recebidos para a pagar propina aos ex-diretores da estatal. Para o juiz, o empreiteiro Marcelo Odebrecht, apesar de negar que atuasse diretamente nos negócios da empresa com a Petrobras, tinha conhecimento dos pagamentos irregulares.
“Entre os crimes de corrupção, de lavagem e de associação criminosa, há concurso material, motivo pelo qual as penas somadas chegam a 19 anos e quatro meses de reclusão, que reputo definitivas para Marcelo Bahia Odebrecht”, diz Moro em sua sentença.
O juiz decretou o afastamento dos executivos do comando da empreiteira, pelo dobro da pena, além do pagamento de R$ 108,8 milhões e mais US$ 35 milhões de indenização pelos desvios na Petrobras. De acordo com a decisão, Marcelo Odebrecht deverá continuar preso em Curitiba.
Em nota, o advogado Nabor Bulhões considerou a sentença injusta por entender que Marcelo Odebrecht não teve participação nos ilícitos investigados na Lava Jato.

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