A licença ambiental do Ibama para perfuração de dois poços exploratórios no bloco marítimo BM-POT-17, em águas profundas da Bacia Potiguar, na Margem Equatorial brasileira foi obtida pela Petrobras.
A estatal atendeu a todos os requisitos e procedimentos solicitados pelo Ibama, em cumprimento e zelo pelo rigor que esse tipo de licenciamento ambiental exige.
“A Margem Equatorial brasileira apresenta expressivo potencial petrolífero e será fundamental para o futuro da companhia, garantindo a oferta de petróleo necessária para o desenvolvimento do país e financiamento da transição energética”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
Segundo a estatal, entre os dias 18 e 20 de setembro foi realizado, como última fase de avaliação, um simulado in loco, denominado Avaliação Pré-Operacional (APO), por meio do qual o Ibama comprovou a capacidade da Petrobras de dar resposta imediata e robusta a um evento acidental envolvendo qualquer vazamento de petróleo.
De acordo com o gerente Executivo de Saúde, Meio Ambiente e Segurança da Petrobras, Flaubert Machado, a Petrobras não realizava Avaliação Pré-Operacional desde 2013, quando obteve a primeira licença para a mesma área, em Pitu:
– Durante esse exercício simulado, pudemos demonstrar a atuação de todos os recursos informados ao Ibama durante o processo de licenciamento ambiental. Ao longo de uma década, evoluímos muito e aprimoramos continuamente nossa capacidade de resposta a emergências. Estamos ainda mais bem preparados para atuar na resposta e muito seguros também da nossa atuação na prevenção a acidentes, para evitar que esses recursos precisem ser utilizados -, explicou.
Plano de atendimento à fauna proposto ao Ibama
Segundo a Petrobras, no total, foram mobilizadas mais de 1.000 pessoas, quatro aeronaves, cinco ambulâncias, 70 veículos terrestres e mais de 60 embarcações para as ações de simulação de contenção e recolhimento de petróleo, proteção costeira e de monitoramento, resgate e atendimento à fauna.
A estatal colocou em ação, ainda, durante a APO, cerca de 80 profissionais, incluindo biólogos e veterinários, além de 300 agentes ambientais, mais de 30 forças-tarefas atuando no mar e nas praias, nove embarcações dedicadas ao monitoramento e tratamento de animais, além de unidades de recepção e estabilização de fauna ao longo das praias.
A Petrobras dispõe, como parte do plano de atendimento à fauna proposto ao Ibama, um Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna (CRD), em Caucaia, no Ceará, que permanecerá em prontidão durante toda a operação na região.
Segundo o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Joelson Mendes, a Petrobras vai aplicar na Bacia Potiguar e nas demais bacias da Margem Equatorial toda sua expertise técnica, adquirida ao longo de 70 anos de liderança no setor de óleo e gás brasileiro:
– Nossa jornada ao longo das últimas décadas comprova que a Petrobras reúne todas as condições técnicas e econômicas para tornar essa nova fronteira uma realidade – a exemplo dos resultados que alcançamos em águas profundas e ultra profundas de outras bacias, que consolidaram nossa liderança mundial nesse segmento.
De acordo com a Petrobras, o primeiro poço será perfurado a 52 km da costa, nas próximas semanas, após a chegada de uma sonda na locação.
Uma pesquisa exploratória deve obter mais informações geológicas da área para avaliar a viabilidade econômica e a extensão da descoberta de petróleo realizada em 2013 no poço de Pitu. Não haverá produção de petróleo nessa fase.
Margem Equatorial
Segundo a Petrobras, a Bacia Potiguar abrange porções marítimas do Rio do Grande do Norte e do Ceará. Essa porção marítima faz parte da Margem Equatorial brasileira e vai do estado do Amapá até o Rio Grande do Norte. A região é considerada uma das mais novas e promissoras fronteiras mundiais em águas profundas e ultra profundas.
Bom lembrar que descobertas foram feitas recentemente nas regiões contínuas a essas fronteiras, especificamente na Guiana e Suriname. Isso é mais do que indicativo de potencial de produção de petróleo para a Margem Equatorial brasileira.
As novas fronteiras brasileiras são essenciais para a garantia da segurança e soberania energética nacional, num contexto de transição energética e economia de baixo carbono.
O projeto de avaliação da descoberta de Pitu, na Bacia Potiguar, está previsto no atual Plano Estratégico da Petrobras, para o período entre 2023 e 2027. A companhia pretende perfurar 16 poços exploratórios na Margem Equatorial, em cinco anos. O investimento previsto para a região é de cerca de 3 bilhões de dólares, direcionado para projetos de pesquisa e investigação do potencial petrolífero da região.
Leia também:
Fitch Ratings eleva nota do Banco Master
Instituição reportou aumento de 29% na receita operacional no 1º tri
BR Partners emite R$ 213 milhões em Letras Financeiras Perpétuas
A estrutura de capital reforçada permitirá ao banco expandir sua exposição a clientes corporativos de grande porte em operações de derivativo na tesouraria e de mercado de capitais.
Mercado de criptoativos cresce em setembro e tem máximas históricas
Relatório também destaca ganhos promovidos pela ampliação das medidas de segurança e redução das taxas de juros nos EUA
Desemprego nos EUA teve leve queda em setembro
Número veio abaixo do consenso de mercado que esperava estabilidade no número
Resultados da indústria de fundos no 1° semestre
CVM e Anbima colaboram na supervisão
Brasileiros investiram menos no exterior no primeiro semestre
Investidor está aproveitando os ganhos com alta taxa de juros por aqui, diz analista