O Marrocos autorizou o Brasil a exportar azeite de oliva para o seu mercado, de acordo com nota divulgada pelo Governo Federal na terça-feira pela tarde.
“O governo brasileiro recebeu, com satisfação, o anúncio, pelo governo do Marrocos, da autorização para exportação de azeite de oliva brasileiro ao mercado marroquino”, diz a nota.
A medida foi tomada apesar de o Marrocos ser um dos maiores produtores mundiais de azeite. As condições climáticas afetaram a produção de azeitonas e azeites mundo afora nos últimos anos, causando alta de preços e problemas de oferta. O Brasil vem investindo e crescendo na produção de azeite de oliva, mas os volumes produzidos ainda não são capazes de suprir a demanda nacional.
“Apesar de ser um grande produtor, as secas dos últimos seis anos impactaram as oliveiras, então há falta de óleo e os preços estão altíssimos”, explica a adida agrícola do Brasil em Rabat, Ellen Elizabeth Laurindo. Segundo ela, o governo marroquino abriu para os azeites brasileiros uma quota de importação, sem imposto, de 10 mil toneladas, até o final do ano, com previsão de continuidade em 2025.
O país vem tomando uma série de medidas em prol da entrada dos produtos brasileiros no seu mercado neste ano. No último mês de setembro, o Marrocos autorizou a exportação brasileira de grãos secos de destilaria (DDG ou DDGS) e em outubro retirou o imposto IVA na importação de até 20 mil toneladas de carne bovina, ovina, caprina e de camelídeo do Brasil.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informa que o resultado é trabalho da pasta com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e destaca a parceria comercial do Brasil com o Marrocos na área agrícola. Segundo o Mapa, no passado, o Marrocos foi o terceiro principal destino das exportações agrícolas brasileiras na África, com US$ 1,23 bilhão, e de janeiro a setembro essas vendas ultrapassaram US$ 903 milhões. Por outro lado, o país é um importante fornecedor de fertilizantes ao Brasil.
Agência de Notícais Brasil-Árabe
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