O mercado interno amanhece nesta quinta-feira acompanhando a briga entre as frentes econômica e política do governo em relação aos recursos que não entrarão no teto para financiamento dos R$ 400 mensais de auxílio para 16,9 milhões de famílias até o final de 2022. Com o cancelamento das discussões no dia de ontem, a Comissão Especial da Câmara poderá analisar hoje a PEC dos Precatórios. Com o mau humor no exterior o mercado local deve ser prejudicado, diante de um cenário interno de preocupação fiscal, inflacionária, de crescimento do país e de política monetária. Os juros futuros devem oscilar devido à aos rendimentos dos treasuries, com o mercado em expectativa de ofertas menores de lotes de títulos prefixados por parte do Tesouro, na intenção de não aumentar a volatilidade da curva de juros, onde a possível elevação de 125 pontos na Selic pelo Copom, na semana que vem, já é precificada. A queda do petróleo deve impactar as ações da Petrobras, e o dólar tende a se valorizar por aqui, diante de sua alta no exterior. O contrato futuro de índice Bovespa com vencimento para dezembro de 2021 era negociado em queda de 1,75% às 9h06 desta manhã, ao passo que o dólar comercial negociava em alta de 1,18% neste mesmo horário.
No cenário internacional o mau humor é predominante, com os índices futuros de Nova Iorque e as principais Bolsas europeias negociando em baixa nesta manhã. A crise de liquidez da Evergrande volta para as atenções dos investidores, que também aguardam os balanços corporativos americanos e indicadores, bem como discursos de dirigentes do Fed. Às 7h10, no mercado futuro, o Dow Jones caía 0,27%, o S&P 500 recuava 0,24% e o Nasdaq se desvalorizava 0,17%. Na Europa, Bolsa de Londres perdia 0,36%, a de Paris recuava 0,25% e a de Frankfurt cedia 0,06%. O juro da T-Note 10 anos subia a 0,391%, ante 0,379% no fim da tarde de ontem, mas o retorno da T-Note 10 anos caía a 1,643%, de 1,647% e o do T-Bond 30 anos, cedia a 2,111%, de 2,128% no fim da tarde de ontem. O índice DXY ganhava 0,10%, a 93,65 pontos, enquanto o euro recuava a US$ 1,1642, de US$ 1,1653%, e a libra cedia a US$ 1,3793, ante 1,3831 no fim da tarde anterior. Na China o cenário não é diferente, a maioria das Bolsas fecharam em baixa no dia de hoje, motivadas principalmente por um fracasso na venda de parte de uma das subsidiárias da gigante do setor imobiliário chinês, Evergrande. Em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou com baixa de 0,45%. O Nikkei caiu 1,87% em Tóquio e o sul-coreano Kospi perdeu 0,19% em Seul. Na China continental, o Xangai Composto teve modesto ganho de 0,22%. Na Oceania, a Bolsa australiana encerrou com ligeira alta de 0,02%. Às 7h17, o dólar estava a 114,02 ienes, ante 114,28 ienes no fim da tarde de ontem.
.
Yuri Pasini
Trader Mesa Câmbio do Travelex Bank